
Quase três anos depois de a Disney e a ex-executiva da 20th Television, Nissa Diederich, serem acusadas de retaliação e inclusão em uma “lista negra”, o processo movido pelo dublê Jimmy Sharp chegou ao fim.
De acordo com informações do Deadline, a Suprema Corte de Los Angeles rejeitou a ação no último dia 9 de setembro, decisão que só se tornou pública na quinta-feira.
Jimmy Sharp, filho do executivo Jim Sharp Sr., entrou com a ação em dezembro de 2022. Ele alegava que, após Nissa Diederich assumir o cargo de seu pai como chefe de produção da 20th Television, teria iniciado uma campanha para prejudicar sua carreira, removendo-o de listas de coordenadores de dublês pré-aprovados.
Na ação, Sharp Jr. afirmava que Nissa abusou do cargo para tirá-lo de produções da empresa e de parceiros. O processo incluía acusações de retaliação e difamação, pedindo indenização de pelo menos US$ 1 milhão.
Na época, um porta-voz da Disney rebateu as acusações: “Essas alegações são infundadas e esse processo não tem mérito”.
O histórico das acusações

As tensões entre Jimmy Sharp e Nissa Diederich não começaram em 2022. Segundo o processo, já havia atritos desde 2017, quando uma investigação de RH analisou supostas irregularidades de cobrança e favorecimento dentro da 20th Television.
O dublê alegava que foi arrastado injustamente para essa apuração, mas acabou inocentado em comunicado oficial da vice-presidente de Relações com Funcionários da Fox na época.
Mesmo assim, Sharp sustentava que Diederich não aceitou o resultado e teria passado a afastá-lo de produções. Entre as situações relatadas, estavam recusas de trabalho em séries produzidas por Jeff Morton e até a retirada de sua participação em Meu Papai (Ainda) é Noel, apesar de já ter sido convidado inicialmente.
Em sua defesa, Diederich declarou sob juramento: “Eu não fiz declarações falsas, mentiras ou deturpações sobre o Sr. Sharp a empregadores externos, outros estúdios ou qualquer outra pessoa”.
A decisão da Justiça
Depois de ouvir os argumentos das duas partes, a juíza Alison Mackenzie decidiu rejeitar o processo. O caso não foi levado a júri popular, ficando a decisão inteiramente nas mãos do tribunal.
O encerramento da disputa acontece em meio a outras pressões enfrentadas pela Disney, incluindo a polêmica suspensão temporária de Jimmy Kimmel, que também ganhou repercussão corporativa e política.