
No episódio 7 da primeira temporada de Outlander: Blood of My Blood, intitulado “Brilho, Não Queimo”, a trama destacou um momento de grande importância para Simon Fraser. Ele precisava garantir que seu filho fosse reconhecido como legítimo, e para isso organizou um batismo formal, cercado de testemunhas e cerimônia.
O detalhe curioso é que, nesse processo, o bebê Beauchamp acabou recebendo não apenas um, mas dois nomes diferentes. Isso aconteceu porque Brian Fraser interveio para que Julia tivesse seu desejo respeitado. Antes mesmo da cerimônia oficial dentro da igreja, ele levou a jovem mãe até os arredores considerados sagrados.
Na visão de alguns povos antigos, bastava aquele ritual simples, junto do ferro consagrado, para que a criança fosse recebida por Deus.
Para Brian e Julia, esse momento íntimo foi suficiente para confirmar que o bebê carregaria o nome escolhido por ela. Só depois veio a cerimônia tradicional diante da comunidade, quando Simon impôs o nome que desejava.
William Henry Beauchamp

Julia decidiu batizar a criança como William Henry. O segundo nome é diretamente ligado ao seu marido, Henry, que ela ainda acredita estar perdido em algum ponto da década de 1920 ao lado de Claire, como já falamos antes. Ao escolher esse nome, Julia tentou manter viva a presença de Henry, mesmo acreditando cada vez menos que teria a chance de reencontrá-lo.
O primeiro nome, William, também se encaixava bem na época em que a história se passa. Era um dos nomes mais populares entre homens e aparecia constantemente em diferentes famílias. Além disso, dentro do universo de Outlander, William é um nome repetido em várias gerações, quase sempre com algum peso simbólico.
Esse detalhe fez surgir uma teoria entre fãs: será que o bebê poderia ser o mesmo Willie, irmão de Jamie? À primeira vista, a ideia parecia plausível, mas a análise cronológica derruba essa hipótese.
William/Willie nasceu em 1716, enquanto o bebê de Julia veio ao mundo em 1715. A diferença de tempo já tornaria impossível serem a mesma pessoa. Outro fator importante é que todos os que conviviam com Julia sabiam da existência desse bebê, o que elimina qualquer possibilidade de confusão de identidade.
Além disso, há o detalhe de Ellen precisar estar visivelmente grávida antes de fugir com Brian. Essa condição sempre confirmou, dentro da história, que Willie era filho legítimo do casal, sem brechas para teorias alternativas.
Ainda assim, não dá para ignorar que Julia deixou sua marca na vida de Brian e Ellen. A forma como ela lidou com a situação, e até a chance de ter colaborado para que os dois conseguissem fugir, pode ter influenciado a escolha do nome William para o primeiro filho deles, servindo como uma homenagem discreta a ela.
O nome dado por Simon Fraser

O segundo nome da criança veio diretamente de Simon Fraser, que acreditava ser o pai legítimo. Seguindo a tradição da época, ele quis batizar o menino com seu próprio nome: Simon Fraser. Para muitos homens, esse gesto era uma forma de reforçar a legitimidade da criança e deixar claro que o filho carregava a continuidade de sua linhagem.
Não surpreendeu, portanto, quando o nome escolhido foi revelado. Já havia fãs prevendo essa decisão antes mesmo do episódio ir ao ar. O questionamento, no entanto, foi outro: seria esse bebê o mesmo Simon Fraser apresentado na segunda temporada de Outlander?
A resposta mais plausível é negativa. O Simon que aparece em Outlander como tio de Jamie é um personagem mais jovem que o próprio Jamie. Para quem não se lembra, Jamie explicou a Claire no episódio “Cingapura” da sétima temporada de Outlander que Simon Fraser de Balnain era um primo de segundo grau, e “não o velho que você conheceu ou seu filho“, referindo-se ao seu avô, introduzido no episódio “A Toca da Raposa” da segunda temporada de Outlander.
Além disso, este Simon foi inspirado em uma figura histórica real, nascida em 1726, mais de dez anos após o nascimento do bebê Beauchamp.
Esse dado elimina a possibilidade de os dois serem a mesma pessoa. Também não há outro Simon que se encaixe na linha do tempo apresentada até aqui.
Possíveis desdobramentos para a criança
A partir desse ponto, o futuro do bebê Beauchamp se torna aberto a diferentes possibilidades dentro da trama. É provável que, em algum momento, Simon descubra que não é o verdadeiro pai e queira apagar qualquer vínculo com a criança, eliminando até mesmo o nome que deu a ela.
Isso seria coerente com a postura de homens que não aceitavam serem enganados em relação à paternidade.
Outra possibilidade é que Julia encontre uma maneira de escapar com o filho para junto de Henry, agora que ela já sabe que o marido está no passado. Nesse caso, o bebê poderia ser criado longe dos Fraser, e Simon ficaria com o constrangimento de ter acreditado em algo que não era real.
De um jeito ou de outro, o menino carrega uma dupla identidade desde o nascimento, simbolizada pelos dois nomes. Essa escolha aumenta as chances de que a criança tenha um papel importante nos próximos acontecimentos, podendo até ajudar, quem sabe, a explicar a verdadeira origem de Faith, a filha de Claire.
Novos episódios de Outlander: Blood of My Blood estão disponíveis aos sábados no Disney+.