Kevin Feige diz que acompanhar todos os filmes e séries da Marvel virou obrigação e não lazer

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Mesmo sendo o principal nome por trás do sucesso do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), Kevin Feige tem feito autocríticas sobre os rumos recentes da franquia bilionária. Em conversa com executivos, o presidente do estúdio apontou que muitos filmes e séries da Marvel ficaram difíceis de acompanhar para quem não assiste tudo o que é lançado.

Durante a Saga do Multiverso, o número de produções aumentou de forma acelerada. Em apenas quatro anos, foram mais lançamentos do que em toda a Saga do Infinito, que levou 11 anos para se completar. Para o público que não vê tudo, a sensação de estar perdido se tornou comum.

Segundo o Wall Street Journal, Feige disse a colegas que acompanhar todas as novas séries e filmes da Marvel estava se parecendo mais com uma obrigação do que com entretenimento.

Conteúdo demais, tempo de menos

A demanda por lançamentos cresceu após a Marvel se tornar uma peça central na estratégia do Disney+ para atrair assinantes. Isso fez com que os lançamentos se tornassem mais frequentes, mas também mais dependentes uns dos outros.

Como disse o próprio Kevin Feige em 2019 na San Diego Comic-Con antes da pandemia, “uma assinatura do Disney+ será essencial para manter-se atualizado sobre as narrativas que serão vistas nos cinemas”.

O excesso acabou esgotando recursos da equipe e dificultando a supervisão criativa. Mesmo com vários executivos e showrunners liderando cada projeto, Feige continou sendo o ponto final de decisão, e, segundo relatos, passou a ser difícil até conseguir um retorno dele durante a produção.

De acordo com um ex-funcionário da Marvel, “a estratégia virou apenas expansão, expansão, expansão”, logo após o fim da Saga do Infinito.

Feige teria seguido esse plano por querer contar novas histórias e manter o estúdio como parte ativa das prioridades da Disney. Mas, na prática, o volume de decisões e prazos apertados começaram a pesar.

O que muda a partir de agora

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Kevin Feige – Presidente da Marvel Studios

Com o retorno de Bob Iger ao comando da Disney, a estratégia começou a mudar. A partir de 2026, a Marvel vai reduzir sua produção para cerca de três filmes e duas séries por ano. A meta é priorizar histórias mais independentes, que possam ser acompanhadas sem exigir que o público tenha visto tudo o que veio antes.

Essa abordagem já começou a aparecer em Thunderbolts*, que buscou apresentar seus personagens de forma mais acessível, mesmo para quem não acompanhou todas as produções anteriores do MCU.

Segundo Jake Schreier, diretor do filme, esse foi um ponto discutido diretamente com Feige. “Para todos os personagens, tentamos começar do zero”, afirmou ele ao GamesRadar.

Expectativa para a Fase 6 e além

A redução no volume não significa menos ambição. Vingadores: Doomsday já tem pelo menos 27 personagens confirmados, vindos de seis ou sete universos diferentes. E Vingadores: Guerras Secretas deve expandir ainda mais essa escala.

Mesmo com poucas informações sobre os lançamentos do Disney+ na Fase 6, a ideia é que as produções futuras sejam mais fáceis de acompanhar, mesmo para quem não é fã de longa data da Marvel.

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