Disney+ em risco? 43% dos assinantes podem cancelar com aumento de preço e fim do compartilhamento

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A Netflix causou polêmica no ano passado ao restringir o compartilhamento de contas, mas a estratégia rendeu frutos: 20 milhões de novos assinantes. Agora, a Disney pretende seguir o mesmo caminho com o Disney+, e isso pode não agradar a muita gente.

Nos Estados Unidos, a partir de 14 de março, apenas pessoas morando na mesma casa poderão acessar a mesma conta do Disney+. A empresa vai anunciar mais detalhes em breve, mas já confirmou a opção de adicionar usuários externos por uma taxa extra.

Com a economia instável e os preços subindo, a restrição do compartilhamento não é bem-vinda por todos. Uma pesquisa da Forbes nos EUA revelou que 90% dos entrevistados cancelariam serviços caso enfrentem preços mais altos ou regras mais rígidas para compartilhar contas.

Disney+ na berlinda

Entre os serviços avaliados, o Disney+ é o que mais preocupa. Impressionantes 43,6% dos entrevistados disseram estar dispostos a cancelar a assinatura diante de preços maiores ou restrições de acesso. Hulu (40%) e ESPN+ (35%), ambos de propriedade da Disney, vêm logo atrás, e só depois aparecem Netflix e Amazon Prime Video. Confira o gráfico:

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As plataformas enfrentam um dilema. O compartilhamento indevido existe há anos, mas medidas drásticas podem ter efeito contrário. Nos EUA, a Disney oferece um pacote com Disney+, Hulu e ESPN+ com anúncios, mais barato que as opções sem publicidade. Isso porque, na verdade, a publicidade gera mais receita para as plataformas do que as assinaturas sem anúncios.

Mudanças recentes no Disney+

Neste ano, o Disney+ vai completar apenas cinco anos de vida, mas já tendo passado por grandes transformações. A quantidade de produções originais diminuiu para reduzir custos e recuperar marcas como Marvel e Star Wars da saturação. O catálogo também sofreu cortes, com centenas de conteúdos removidos e poucos novos títulos adicionados.

A introdução do Hulu no Disney+ nos EUA e a fusão do Star+ com o Disney+ no Brasil promete trazer mais variedade para adultos. Mas, no momento, esse último relatório mostra que a Disney não pode pressionar demais os assinantes antes que eles decidam cancelar.

O risco da Disney em seguir o exemplo da Netflix

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O CEO Bob Iger já admitiu que a decisão da Disney de combater o compartilhamento de contas foi inspirada na experiência da Netflix. No entanto, essa estratégia não está livre de riscos. A empresa precisa encontrar um equilíbrio entre proteger seus lucros e manter a satisfação dos clientes.

A pesquisa da Forbes demonstra que o Disney+ está mais vulnerável à perda de assinantes do que seus concorrentes, e parece claro que a Casa do Mickey precisa investir em conteúdo original de alta qualidade e diversificar seu catálogo para fidelizar seus clientes.

A introdução do Hulu no Disney+ nos EUA e o fim do Star+ na América Latina com a migração de seus filmes e séries para o Disney+ são passos na direção certa, mas a Disney precisa fazer mais para se destacar no mercado competitivo de streaming.

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