
Com o lançamento de Avatar: Fogo e Cinzas, o terceiro capítulo da franquia épica de James Cameron, o público finalmente retorna ao universo visualmente deslumbrante de Pandora. A nova produção traz mais dos conflitos entre os povos Na’vi e os humanos, mas também explora emoções muito mais intensas dentro da família Sully. Depois dos acontecimentos trágicos de Avatar: O Caminho da Água, Jake e Neytiri enfrentam um período marcado por perda, revolta e transformação.
Nesta sequência, além de lidarem com novas ameaças externas e com a integração ao Mangkwan, os protagonistas precisam encarar o luto pela morte de Neteyam, seu primogênito.
É nesse contexto sombrio que Zoe Saldaña revisita sua personagem, e como revelou ao Collider, encara sem suavizar os aspectos mais controversos da guerreira Na’vi.
Zoe Saldaña comenta o peso de interpretar Neytiri em luto

Durante a entrevista, Saldaña destacou que retornar ao papel não foi uma experiência simples. Segundo ela, filmar as cenas carregadas de dor e desesperança exigiu grande preparo emocional, tanto dela quanto do elenco que interpreta a família Sully.
“Foi pesado. Muito pesado, devastador e difícil… Não era fácil ir trabalhar nesses dias”, afirma. A atriz também mencionou a importância do apoio de Sam Worthington e de James Cameron, que, como pai, também sentiu a intensidade emocional do material.
Apesar da dificuldade, Saldaña elogiou profundamente os jovens atores que interpretam seus filhos na história, ressaltando o profissionalismo e a sensibilidade deles em relação ao universo de Pandora.
Neytiri é “uma racista completa”

Um dos pontos mais surpreendentes da entrevista foi a maneira franca como Zoe Saldaña descreveu a jornada de Neytiri em relação a Spider (Jack Champion), o filho humano adotado por Jake e incorporado à família Sully.
“Neytiri é uma racista completa neste filme. Eu conversei com o Jim sobre isso. Foi importante para mim não fugir desse aspecto”, declara Saldaña.
A atriz explica que Neytiri carrega traumas profundos provocados pelos humanos, uma espécie que, para ela, representa violência, perda e destruição. Essa visão rígida é constantemente desafiada: Neytiri se apaixona por um humano, forma uma família e agora precisa aceitar uma criança humana como parte central de sua vida.
Segundo Saldaña, essa situação força a personagem a encarar seus preconceitos e evoluir. “Ela deve crescer. Seus filhos dependem disso. Eles são seus professores, e também professores do Jake.”
A atriz também destaca que uma das cenas mais emocionantes do filme envolve justamente o momento em que Neytiri precisa agir movida pelo amor e pela vulnerabilidade de uma criança, independentemente da espécie. É um dos momentos que, segundo ela, mais a impactaram durante as gravações.
O que Zoe faria em Pandora?

Ao ser questionada sobre o que faria se pudesse visitar Pandora, Saldaña não hesitou: “Voaria em um Ikran.”
Apesar de demonstrar fascínio pelo mar e pelos Tulkuns, a atriz afirma que começaria sua jornada pelo céu antes de se aventurar nas águas profundas do planeta.
Lançamento
Avatar: Fogo e Cinzas estreia nos cinemas em 18 de dezembro, dando continuidade à saga dos Sully e aprofundando os temas emocionais e culturais que tornaram a franquia um marco no cinema de ficção científica.