O YouTube concordou em pagar 24,5 milhões de dólares para encerrar o processo movido por Donald Trump após sua suspensão na plataforma em janeiro de 2021, logo depois do ataque ao Capitólio. A informação foi divulgada em documentos apresentados em um tribunal federal em Oakland, segundo o Deadline.
De acordo com o processo, a empresa pertencente ao Google (Alphabet) vai destinar 22 milhões de dólares ao Trust for the National Mall. O valor será usado na construção de um salão de baile oficial na Casa Branca, projeto defendido por Trump desde seu retorno ao cargo.
Os outros 2,5 milhões de dólares serão divididos entre outros autores da ação, incluindo American Conservative Union, Andrew Baggiani, Austen Fletcher, Maryse Veronica Jean-Louis, Frank Valentine, Kelly Victory e Naomi Wolf.
O documento deixa claro que o acordo não representa admissão de culpa por parte do YouTube.
“O acordo não constitui admissão de responsabilidade ou falha por parte dos réus ou de seus agentes, empregados ou representantes, sendo firmado apenas com o propósito de encerrar as reivindicações em disputa e evitar os custos e riscos de uma nova ação judicial.”
Trump também conseguiu acordos semelhantes com outras redes que suspenderam suas contas após os acontecimentos de 6 de janeiro. Entre elas estão o Facebook e o Instagram, da Meta, além do Twitter, hoje chamado X.
A suspensão e a volta da conta
O YouTube suspendeu Trump em 2021, justificando que havia risco de novos episódios de violência. Na ocasião, a plataforma declarou:
“Após revisão, e diante das preocupações com o potencial contínuo de violência, removemos novos conteúdos enviados ao canal de Donald J. Trump por violarem nossas políticas. O canal recebeu seu primeiro strike e foi temporariamente impedido de publicar novos vídeos por no mínimo sete dias.”
A conta de Trump foi restabelecida em 2023, permitindo que ele voltasse a publicar no canal.