Você nunca mais vai coçar a cabeça do mesmo jeito depois desse filme no Disney+

Maniaco-do-Controle-Disney-Plus Você nunca mais vai coçar a cabeça do mesmo jeito depois desse filme no Disney+

O catálogo do Disney+ ganhou recentemente um filme de terror que usa algo bem comum para causar desconforto: uma simples coceira. Maníaco do Controle começa de forma aparentemente inofensiva, mas logo mergulha em um tipo de horror que mistura o físico com o psicológico, levando o público a acompanhar uma protagonista à beira de perder o controle da própria vida.

A história gira em torno de Valerie (Kelly Marie Tran), uma palestrante motivacional que tenta manter cada detalhe da vida sob controle. Durante uma viagem para a China, ela precisa encontrar sua certidão de nascimento e, com isso, acaba tendo que visitar o pai (Toan Le), com quem não tem contato há anos.

A visita coincide com o aniversário de morte de sua mãe e desencadeia uma série de lembranças e experiências desconfortáveis. Entre elas, uma coceira na cabeça que vai ficando cada vez mais forte — e perturbadora. Valerie também enfrenta tensões no casamento com Owen (Miles Robbins), enquanto o casal tenta ter um filho.

Aos poucos, memórias reprimidas e elementos do folclore chinês começam a se entrelaçar à realidade, incluindo um demônio chamado Sanshi. Tudo isso contribui para o sentimento constante de que algo está prestes a sair do controle — e sai.

Uma coceira vira instrumento de horror

Maniaco-do-Controle Você nunca mais vai coçar a cabeça do mesmo jeito depois desse filme no Disney+

O que mais chama atenção em Maníaco do Controle é a maneira como o filme transforma um hábito comum em algo perturbador. A princípio, Valerie coça o couro cabeludo como qualquer um faria. Mas conforme o desconforto cresce, ela começa a machucar a própria pele, precisando usar toucas e até se algemar à noite para evitar se ferir ainda mais.

Cada nova cena de coceira traz mais desconforto. O incômodo físico da personagem se torna quase sensorial para o espectador, que passa a se contorcer junto com ela. A direção de Shal Ngo intensifica essa sensação ao intercalar momentos visuais belos com cenas cruas e incômodas, criando um contraste forte entre aparência e o que está por baixo da superfície.

Essa abordagem lembra filmes como Um Mascote Chocante, também disponível no Disney+, onde a estética agradável esconde um terror crescente. Em Maníaco do Controle, a coceira se integra a esse visual logo de cara, sendo apenas mais um detalhe da rotina — até não ser mais.

Kelly Marie Tran dá corpo ao desconforto

Boa parte do impacto do filme vem da atuação de Kelly Marie Tran. No começo da trama, Valerie parece estar no controle, sempre sorridente e centrada. Mas conforme a coceira se intensifica, ela se torna um reflexo da pressão que sente.

Tran transmite a frustração de não ser levada a sério, o medo de não conseguir resolver o problema sozinha e o peso do passado que insiste em reaparecer.

A coceira vira quase um personagem, com quem Valerie precisa lidar como se fosse algo externo, e não parte dela. Essa dinâmica ajuda a explorar temas como trauma familiar e pressão cultural, mostrando como eventos mal resolvidos podem invadir até os momentos mais simples da vida.

Com direção estilizada e uma atuação envolvente, Maníaco do Controle usa um incômodo corriqueiro como porta de entrada para um horror mais íntimo.

O filme já está disponível no Disney+.

Deixe um comentário