Vai ter Hulu no Brasil? Entenda os planos da Disney para o futuro do streaming

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Nesta semana, a Disney finalizou a compra da parte da Comcast no Hulu. O negócio teve início em 2019, quando a Disney adquiriu a 20th Century Fox e passou a ter a maior parte das ações do serviço. Pelo acordo, tanto a Disney quanto a Comcast podiam exigir a compra da parte da outra, com base em uma avaliação mínima de 27,5 bilhões de dólares para o Hulu.

Cada empresa apresentou sua própria avaliação, feitas por consultorias diferentes. Como os valores estavam distantes, foi preciso chamar uma terceira empresa para intermediar a negociação.

A Disney acabou pagando mais de 8,6 bilhões de dólares pelos 33% do Hulu que ainda estavam com a Comcast. Além disso, em julho, a Disney vai desembolsar mais 439 milhões de dólares para encerrar o processo.

O que muda?

Durante uma entrevista à CNBC, o CEO da Disney, Bob Iger, comentou o que esse acordo significa para o público.

“Já unimos os aplicativos de forma prática, integrando o conteúdo do Hulu ao Disney+. Mas este é um passo para juntar tudo de vez. A ideia é oferecer uma experiência única para o usuário, como uma assinatura só. Isso é importante para nós porque junta a força do Disney+ com o valor que o Hulu entrega em entretenimento geral”, explicou.

A fala de Iger reforça que o Hulu deve ser incorporado de forma mais direta ao Disney+ nos Estados Unidos, criando uma plataforma unificada, como já acontece em outros países.

Em 2021, a Disney lançou a plataforma Star+ na América Latine e o hub STAR em países como Canadá, Austrália e Reino Unido. Esse espaço dentro do Disney+ reúne os conteúdos de estúdios como 20th Century Studios, Searchlight Pictures, FX e ABC.

Na época, a Disney optou por usar o nome Star, que também foi adquirido junto com a 20th Century Fox, porque isso evitava valorizar ainda mais o Hulu e, consequentemente, ter que pagar mais à Comcast.

Marca Hulu começa a aparecer fora dos EUA

Com a compra da parte da Comcast, cresce a expectativa de que o nome Hulu substitua o Star em outros países, tornando a identidade visual mais alinhada com os Estados Unidos. Isso também facilitaria a divulgação global dos conteúdos.

O movimento parece ainda mais provável depois do recente acordo da Disney com a Reliance, na Índia, para criar uma nova empresa que vai reunir o Disney+ Hotstar e outras marcas relacionadas ao Star.

Nas últimas semanas, a Disney já começou a usar a marca Hulu no Canadá para promover algumas produções originais, como A Vida Secreta das Esposas Mórmons.

Na mesma entrevista à CNBC, Iger confirmou que o plano agora é expandir a marca Hulu dentro do Disney+ para outros países. “Queremos transformar o Hulu em uma marca global, integrada ao Disney+”, afirmou o CEO.

Quando o Hulu chega ao resto do mundo?

Ainda não há uma data definida para o lançamento da marca Hulu fora da América do Norte. A tendência é que isso só aconteça depois que o acordo com a Comcast for totalmente finalizado em julho.

A Disney também deve preparar uma campanha de marketing internacional para mostrar que o Hulu agora faz parte do Disney+ e vai substituir o Star. Pode ser que tudo isso fique para depois do anúncio oficial dos próximos passos do Hulu e do Disney+ nos Estados Unidos.

Enquanto isso, a Disney pode seguir o padrão que já vem adotando: trocar aos poucos o nome Star por Hulu em materiais promocionais e imagens de destaque, acostumando o público internacional à nova marca. Afinal, fora dos EUA, o Hulu ainda não é um nome conhecido.

Star+ na América Latina era o equivalente regional ao Hulu

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Antes de junho de 2024, a América Latina contava com o Star+, serviço separado do Disney+, que reunia os conteúdos de entretenimento geral e esportes, funcionando de forma parecida com o Hulu nos Estados Unidos.

Séries, filmes e transmissões da ESPN faziam parte do catálogo, mas era preciso assinar o Star+ de forma independente ou em um combo com o Disney+.

No entanto, a partir de junho de 2024, a Disney unificou as plataformas na região. O Star+ foi descontinuado e seus conteúdos foram integrados ao Disney+, seguindo o modelo já adotado em outros mercados.

Agora, usuários da América Latina podem acessar todo o conteúdo em um único aplicativo, incluindo produções voltadas ao público adulto e eventos esportivos ao vivo.

Essa mudança faz parte de um movimento maior da Disney para simplificar suas ofertas de streaming, deixando o serviço mais completo e fácil de usar. Com a marca possivelmente Star saindo de cena, cresce a possibilidade de o nome Hulu também ser adotado por aqui, acompanhando a estratégia global da empresa.

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