Um Completo Desconhecido: Bob Dylan quebrou recordes, e novo filme sobre ele também

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A música de Bob Dylan tem a capacidade de revelar as estranhezas do mundo, expondo significados que vão além das palavras. Seus versos desconstroem classificações e desafiam convenções. No entanto, Um Completo Desconhecido, dirigido por James Mangold e focado nos anos iniciais da carreira de Dylan, opta por um caminho mais convencional. Com a boa atuação de Timothée Chalamet, o filme captura a humanidade e o mistério do cantor para contar a história dessa figura icônica da música.

A cinebiografia de Bob Dylan arrecadou impressionantes US$ 7,1 milhões em seu primeiro dia nos cinemas dos Estados Unidos, marcando o maior lançamento da história da Searchlight Pictures, um dos principais estúdios sob o domínio do grupo Disney.

Além disso, com 96% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, é a pontuação mais alta entre todos os projetos na carreira de Timothée Chalamet.

Com a estreia agendada no Brasil para 27 de fevereiro de 2025, a produção dirigida por James Mangold (Logan) já se posiciona como uma das mais aguardadas para os próximos meses.

Além da excelente bilheteria, o filme recebeu um “A” no CinemaScore, um indicativo de que pode manter o bom desempenho nas próximas semanas.

A história por trás de Um Completo Desconhecido

Com roteiro de Jay Cocks (Gangues de Nova York), Um Completo Desconhecido retrata o início meteórico da carreira de Bob Dylan na década de 1960. Timothée Chalamet assume o papel principal, com destaque para suas performances das músicas icônicas de Dylan sem usar gravações, que também foram disponibilizadas para o público.

O filme aborda os anos de formação de Dylan, desde sua chegada ao cenário folk de Nova York em 1961 até sua controversa apresentação elétrica no Newport Folk Festival em 1965.

Dylan é retratado como um profeta rebelde, desafiando expectativas e conquistando a admiração de grandes nomes como Woody Guthrie, Pete Seeger e Joan Baez. Porém, a estrutura narrativa segue o ciclo já explorado em outras biografias: ascensão, reconhecimento e rebeldia.

Mangold, que também liderou Johnny & June, a história de Johnny Cash e June Carter, opta por um detalhe interessante ao evitar explicar Dylan por completo.

O filme reconhece a natureza evasiva do artista, seu gosto por mentiras e mistificações. Como ele diz em uma cena-chave: “Para ter sucesso no palco, você precisa inspirar a mesma fascinação que um show de aberrações.”

A atuação de Timothée Chalamet como Bob Dylan

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Chalamet se destaca ao interpretar Dylan com uma presença contida, mas carregada de intensidade. As cenas de performance capturam a habilidade de Dylan de transformar convenções do folk em algo emocionalmente expansivo.

Embora o Dylan da vida real fosse mais brincalhão e leve, o tom sério de Chalamet ocasionalmente dá espaço para momentos engraçados, como quando o personagem declara ser Deus antes de sorrir.

O lado mais cruel do cantor também aparece, especialmente em sua relação com Joan Baez, interpretada por Monica Barbaro. Em um momento, Dylan afirma friamente que as canções de Baez são “bonitas como pinturas em um consultório dentário”.

A relação de Dylan com Sylvie Russo (baseada em Suze Rotolo, sua namorada real) se limita a contextualizar suas músicas de amor. Grandes figuras históricas, como Pete Seeger (Ed Norton), são retratadas rapidamente.

O filme deixa claro uma ideia essencial: idolatrar um artista é muito diferente de realmente escutar o que ele tem a dizer.

No Brasil, Um Completo Desconhecido estreia somente em 27 de fevereiro de 2025.

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