Thunderbolts*: Hiroshima inspirou o vilão mais ameaçador do filme

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Thunderbolts* vai reunir alguns dos personagens mais complicados do universo Marvel em uma formação inesperada. Estrelado por Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour e Wyatt Russell, o filme mostra antigos vilões e anti-heróis tentando trabalhar em equipe. Além de dar continuidade a histórias já conhecidas, a produção também cria novas jornadas para seus personagens.

Jake Schreier, conhecido por Cidades de Papel e por episódios de séries como Treta e Star Wars: Skeleton Crew, dirige o filme.

Em entrevista ao Collider, Schreier falou sobre como foi encontrar um equilíbrio entre respeitar o passado dos personagens e trazer novidades, além de comentar o visual do novo vilão, o Vácuo, o lado malígno e incontrolável do Sentinela.

Schreier contou que Kevin Feige, o presidente do estúdio, deu uma orientação clara desde o início: o filme precisava funcionar mesmo para quem nunca assistiu a outros títulos da Marvel. “Começa com o Kevin dizendo ‘faça funcionar para quem não viu nada antes’,” explicou o diretor.

A solução foi inserir referências de forma sutil. Quando Yelena menciona a morte da irmã, por exemplo, o público novo entende a base de sua história, enquanto quem já acompanhou os filmes anteriores reconhece o peso daquela fala.

Schreier destacou que os atores, mesmo muito ligados às suas trajetórias anteriores, entenderam a importância de criar novos arcos para seus personagens. “Você precisa ter um novo problema, um novo desejo, e encontrar um novo caminho para eles,” disse ele.

Um exemplo citado foi o de Sebastian Stan como Bucky Barnes. O personagem, já mais equilibrado depois de muitos eventos traumáticos, precisa encontrar um novo propósito.

A ideia de explorar a frustração política e a descoberta de um lar inesperado dentro da nova equipe foi um dos focos da construção dessa nova fase do Soldado Invernal.

O uso de efeitos práticos em Thunderbolts*

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Outro ponto que chamou atenção na produção foi a escolha por usar o máximo possível de efeitos práticos, mesmo em cenas que poderiam facilmente ser feitas por computador. Schreier mencionou, de forma bem humorada, a disposição de Florence Pugh em se jogar de um dos prédios mais altos do mundo.

Para as sequências mais surreais, o desafio foi criar ambientes com transições de gravidade feitas em sets reais, com apoio mínimo de computação gráfica. “Estamos tentando contar uma história humana, então a textura do filme também precisava parecer real,” explicou o diretor.

Grace Yun, responsável pelo design de produção, e Andrew Droz Palermo, diretor de fotografia, foram citados como peças-chave para construir esse visual, que mistura o fantástico ao palpável, segundo ele.

Como surgiu a aparência do Vácuo

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Um dos efeitos mais marcantes do filme envolve o vilão Vácuo. Schreier contou que a inspiração veio de imagens históricas de Hiroshima, especialmente das sombras deixadas para trás pelas explosões. “Definitivamente veio de imagens de Hiroshima,” revelou ele.

O diretor explicou que o efeito precisava ser rápido para não parecer computação gráfica. A transformação de uma pessoa em sombra acontece em questão de quadros, exigindo um planejamento minucioso da fotografia para que o momento funcione de maneira convincente.

Schreier também comentou o processo de escolha junto à ILM, a empresa de efeitos visuais. Sempre que recebiam várias opções, a equipe optava pela mais simples. “Quase sempre a resposta era: a opção simples não é simples o suficiente,” disse ele, reforçando o esforço para fugir de exageros visuais.

Thunderbolts* estreia nos cinemas em 1º de maio.

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