Tessa Thompson fala o lado bom e o lado ruim de estar na Marvel

Valquiria-Tessa-Thompson Tessa Thompson fala o lado bom e o lado ruim de estar na Marvel

A atriz Tessa Thompson, que vive a Valquíria nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, abriu o jogo sobre como é fazer parte de uma franquia tão grande. Em entrevista ao programa Collider enquanto divulgava sua nova adaptação Hedda, ela comentou os efeitos que o sucesso dentro da Marvel tiveram sobre sua carreira.

Antes de estrear como a guerreira asgardiana em Thor: Ragnarok, Tessa já tinha se destacado em produções como Cara Gente Branca, Selma e Creed. Desde então, ela apareceu em quatro filmes da Marvel, além de participar das animações What If…? e Marvel Zombies.

Tessa explicou que existe uma ideia comum em Hollywood chamada “um para você, um para eles”, usada para descrever quando artistas alternam entre projetos autorais e produções comerciais. Segundo ela, os filmes da Marvel geralmente entram na categoria de “um para eles”, mas esse nunca foi o seu caso.

“Acho que existe um equívoco de que trabalhar em grandes franquias é apenas uma troca, tipo: faço um projeto pessoal e depois um blockbuster para equilibrar. Mas não foi assim pra mim quando entrei na Marvel”, disse a atriz.

Ela contou que ficou empolgada em trabalhar com o diretor Taika Waititi, que vinha do cinema independente. “Eu já era fã do Taika, e fizemos o primeiro Thor com um espírito bem de filme indie. O tamanho era outro, claro, mas a energia no set era a mesma, algo meio improvisado, criativo. Isso foi muito divertido. Só que nem todos os filmes da Marvel têm essa mesma vibe.”

Mudança de percepção em Hollywood

A atriz também comentou como participar de uma franquia de grande porte pode mudar a forma como outros cineastas a enxergam.

“Existe essa ideia de que, quando você faz um filme grande, depois é mais fácil conseguir que produções menores sejam aprovadas. Pode até ser verdade em alguns casos, mas não é uma regra. Continuar envolvida em projetos independentes depois de um sucesso comercial exige esforço e uma equipe que te apoie.”

Ela lembrou que já enfrentou dificuldades para ser escalada em filmes independentes após entrar na Marvel. Um dos casos foi com o diretor Boots Riley, de Desculpe Te Incomodar.

“Quando ele me ofereceu o papel, eu ainda não tinha feito Thor. Depois, quando o filme começou a sair do papel, ele me disse que eu não poderia mais participar porque eu estava ‘muito visível’. Eu fiquei chocada. Respondi: ‘Mas você me convidou! Eu tenho seu e-mail!’. Aí pedi pra fazer um teste com ele e o LaKeith Stanfield por Zoom. E no fim ele aceitou. Mas foi estranho perceber que, por ter feito um filme da Marvel, eu parecia não caber mais no cinema independente.”

Entre a Marvel e os projetos autorais

Valquiria-Tessa-Thompson-1024x576 Tessa Thompson fala o lado bom e o lado ruim de estar na Marvel

Tessa comentou que nunca se viu apenas como a Valquíria e que tenta equilibrar produções grandes e pequenas. “Quando você entra em franquias desse tamanho, algumas pessoas passam a te enxergar de um jeito diferente. Eu não imaginava que seria assim.”

Mesmo com a fama trazida pela Marvel, ela continuou participando de filmes menores, como Aniquilação, Identidade e Desculpe Te Incomodar. Segundo a atriz, o segredo está em manter o foco e contar com uma equipe que entenda os rumos da carreira que ela quer construir.

Além de poder retornar como Valquíria em Vingadores: Doomsday, que estreia no próximo ano, Tessa Thompson também protagonizará a minissérie His & Hers, inspirada no livro de Alice Feeley.

Na história, ela interpreta uma âncora de telejornal que vive reclusa e se envolve em um caso de assassinato em sua cidade natal. O detetive responsável pela investigação é interpretado por Jon Bernthal, outro nome ligado à Marvel. A série estreia na Netflix em 8 de janeiro de 2026.

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