
Vida Imoral, novo k-drama da Disney+, leva os espectadores de volta à Coreia dos anos 1970, mostrando uma dupla de tio e sobrinho tentando ganhar dinheiro com escavações ilegais de artefatos históricos no litoral sul do país.
A produção é estrelada por Ryu Seung-ryong (Em Movimento) e Yang Se-jong (Doona!), que interpretam Oh Gwan-seok e Oh Hee-dong, dois trapaceiros em busca de oportunidades para enriquecer.
A série alterna entre as ruas movimentadas de Seul e o porto ensolarado de Mokpo, apresentando um visual de época bem construído.
Roteiro é inspirado em webcomic sobre caça a relíquias
A história é baseada no webtoon Pa-in (“desenterrado”), criado por Yoon Tae-ho, autor cujos trabalhos já viraram filmes como Inside Men e Moss.
Desta vez, ele foca em personagens que não saem da Coreia para buscar fortuna, diferente de outras produções como Narco-Saintos da Netflix e A Próxima Aposta, também do Disney+.
O ponto em comum entre Vida Imoral e A Próxima Aposta está na direção de Kang Yoon-sung, que volta a explorar figuras envolvidas em atividades ilícitas.
Dupla tenta a sorte após passagem pela cadeia

A trama começa nos anos 1960, com Gwan-seok sobrevivendo com pequenos furtos nas ruas. Após o desaparecimento do irmão, ele passa a cuidar do sobrinho Hee-dong. Com o tempo, os dois evoluem para crimes um pouco mais ambiciosos.
Gwan-seok, mesmo sem ter terminado os estudos, faz anotações detalhadas de tudo o que fazem. Isso acaba servindo como prova contra eles quando são pegos em flagrante e acabam presos.
Na cadeia, conhecem o negociante de antiguidades Song Ki-taek (Kim Jong-soo, O Lado Obscuro de Gangnam), que promete um trabalho lucrativo assim que eles forem soltos.
Missão no litoral envolve figuras poderosas

Fora da prisão, eles reencontram Ki-taek em sua loja. Ele os contrata para buscar artefatos enterrados no sul do país. Gwan-seok aceita, mas antes decide investigar melhor o negócio.
Ele descobre que Ki-taek tem o apoio de Cheon Hwang-sik (Jang Gwang, Turbilhão), um empresário influente, e que a pessoa realmente no controle é a esposa dele, Yang Jung-sook (Lim Soo-jung, Melancolia).
Ao entender o valor do que estão prestes a encontrar, Gwan-seok exige uma parte maior no acordo. Aos poucos, mais pessoas se envolvem na operação, querendo também uma fatia do lucro.
Muito bate-boca e pouco movimento

Apesar da premissa, os primeiros episódios mostram pouca ação. As negociações entre os personagens ocupam boa parte do tempo, e mesmo quando eles finalmente embarcam, novos obstáculos surgem.
As constantes discussões entre homens de meia-idade fazem o ritmo desacelerar. As cenas de conflito parecem prestes a acontecer, mas sempre são adiadas por novos impasses ou negociações.
Isso contrasta com filmes como Smugglers, de Ryoo Seung-wan, também ambientado nos anos 1970, mas com ritmo mais direto e protagonismo feminino.
Série se inspira em evento real do fundo do mar

O episódio inicial começa com uma cena no mar, em 1323, e informa que uma embarcação comercial com 8 mil moedas e 20 mil peças de cerâmica afundou na costa da Coreia.
Esse naufrágio de fato ocorreu com um navio mercante chinês do século XIV que afundou nas proximidades das ilhas Shinan, e os artefatos foram encontrados em 1975, servindo de inspiração para a criação do webtoon original.
Até o fim do terceiro episódio, Gwan-seok e Hee-dong finalmente conseguem embarcar, mas a jornada ainda não avança muito.
Vida Imoral está disponível no catálogo do Disney+.