“Cancelem o Disney+”: Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

Tatiana-Maslany-Muher-Hulk-e-Orphan-Black "Cancelem o Disney+": Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

A decisão da ABC, emissora controlada pela Disney, de suspender o Jimmy Kimmel Live! gerou uma reação imediata de figuras públicas, fãs e até políticos. O movimento rapidamente se espalhou pelas redes sociais e deu início a uma onda de boicotes e cancelamentos de assinaturas dos principais serviços de streaming da empresa.

Entre as vozes mais notáveis está Tatiana Maslany, protagonista de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, série lançada no Disney+ em 2022. Sua manifestação surpreendeu muitos justamente por vir de alguém que já integra o universo da Marvel, uma das principais franquias da Disney.

Tatiana Maslany pede cancelamento de assinaturas

A atriz usou seu Instagram para divulgar uma foto dos bastidores de Mulher-Hulk. Na imagem, Tatiana Maslany aparece com o traje de captura de movimentos usado para as gravações e escreveu: “Cancelem suas assinaturas do @disneyplus @hulu @espn!”.

Tatiana-Maslany-Instagram "Cancelem o Disney+": Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

Mesmo com seu vínculo profissional com a Disney, a atriz escolheu se posicionar de forma pública e direta, mostrando apoio à campanha contra os serviços de streaming da companhia. O gesto foi amplamente compartilhado e ajudou a dar ainda mais visibilidade ao movimento.

Não foram apenas atores que se pronunciaram. O ex-congressista Adam Kinzinger, conhecido por sua postura crítica em relação ao ex-presidente Donald Trump, publicou em sua conta no X (antigo Twitter):

“Quando intimidação governamental e covardia corporativa se encontram, a liberdade de expressão morre. Boicotem a ABC e a Disney até que enfrentem a censura de Brendan Carr.”

image-29 "Cancelem o Disney+": Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

Além dele, Amy Landecker, atriz da série Transparent e casada com Bradley Whitford, de West Wing: Nos Bastidores do Poder, também entrou na campanha.

Em seu Instagram, ela exibiu a tela de confirmaçção do cancelamento de sua assinatura do Disney+, sinalizando que não pretende consumir mais os conteúdos da plataforma enquanto a suspensão de Kimmel estiver em vigor.

image-31 "Cancelem o Disney+": Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

Protesto organizado nas redes

As manifestações individuais foram reforçadas por uma campanha estruturada. A empresa de monitoramento de bilheteria Exhibitor Relations divulgou nas redes sociais um “manual de protesto” chamado “Protest Playbook: Save Jimmy Kimmel”, que viralizou rapidamente.

Entre as instruções do documento, estavam:

  • Cancelar o Disney+, informando no feedback: “Estou cancelando porque Jimmy Kimmel foi removido.”
  • Reduzir gastos com produtos e serviços da Disney, incluindo parques, filmes e mercadorias.
  • Deixar de assistir à programação da ABC, para afetar diretamente a audiência da emissora.
  • Pressionar anunciantes do programa, comunicando que seus produtos não serão consumidos caso não apoiem a liberdade de expressão do apresentador.
image-32 "Cancelem o Disney+": Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, convoca fãs em protesto

O manual também incluiu os contatos do CEO da Disney, Bob Iger, e o endereço de atendimento ao público da ABC, incentivando os usuários a direcionar suas críticas diretamente à empresa.

As hashtags #BoycottDisney e #SaveJimmyKimmel rapidamente entraram para os assuntos mais comentados nas redes sociais. Diversos usuários relataram o cancelamento de suas assinaturas do Disney+, Hulu e ESPN+, esses dois últimos disponíveis apenas nos Estados Unidos.

Uma postagem que foi bastante replicada dizia: “Não basta cancelar, é preciso dizer o motivo. Deixem claro que é pelo afastamento de Jimmy Kimmel.”

Como foi a suspensão de Jimmy Kimmel?

O estopim da polêmica foi um monólogo de Kimmel em que ele comentou o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk. Durante a fala, o apresentador afirmou: “Muitos em MAGA (Make America Great Again) Land estão se esforçando para capitalizar com o assassinato de Charlie Kirk.”

A fala gerou reação imediata de Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), nomeado por Donald Trump. Ele classificou as palavras de Kimmel como “doentias” e disse que a ABC violou suas obrigações de transmissão no interesse público.

A pressão resultou na suspensão indefinida do Jimmy Kimmel Live!, decisão que rapidamente foi criticada por grupos de defesa da liberdade de expressão, políticos da oposição e celebridades.

Consequências imediatas para a Disney

O boicote contra a empresa atinge diretamente três áreas principais: o Disney+, principal serviço de streaming da companhia; o Hulu, plataforma que transmite programas da ABC nos EUA; e o ESPN+, braço esportivo frequentemente comercializado em pacotes com os outros dois serviços, também nos EUA.

Além disso, há campanhas incentivando consumidores a reduzir gastos em parques temáticos, filmes no cinema e produtos licenciados. Embora ainda seja cedo para medir os efeitos financeiros, a movimentação já chama atenção pela intensidade e pela adesão de tantas figuras públicas.

Deixe um comentário