Ryan Reynolds e Rob McElhenney vendem parte do Wrexham e acordo causa polêmica

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O Wrexham AFC anunciou uma mudança importante em sua estrutura: Ryan Reynolds e Rob McElhenney venderam uma parte do clube para a Apollo Sports Capital, braço esportivo de um dos maiores grupos de investimento dos Estados Unidos. O valor da operação não foi divulgado, mas a dupla continua como acionista majoritária.

A novidade chega poucos meses depois de o time receber £14 milhões (cerca de R$ 102 milhões) em ajuda estatal no Reino Unido.

O que muda com a entrada da Apollo

Segundo o clube, o investimento será utilizado no desenvolvimento do Racecourse Ground, o tradicional estádio do Wrexham, conhecido no galês como Y Cae Ras.

A Apollo administra cerca de 840 bilhões de dólares, o que a coloca entre as gigantes do setor financeiro, e já atuou no futebol inglês ao emprestar recursos para o Nottingham Forest, time que atualmente está na Premier League.

A entrada do grupo norte-americano reforça o valor comercial do Wrexham, que explodiu desde a chegada de Reynolds e McElhenney.

O time saltou divisões, atraiu patrocinadores de peso e virou fenômeno global, impulsionado principalmente pela serie documentário do Disney+ Bem-vindos ao Wrexham, do Disney+, que acompanha a evolução do clube desde a compra pelos atores.

Ajuda com dinheiro público

Bem-vindos-ao-Wrexham-Temporada-2-Episodio-1 Ryan Reynolds e Rob McElhenney vendem parte do Wrexham e acordo causa polêmica

A parceria com a Apollo, porém, trouxe ainda mais questionamentos. O Wrexham recebeu £14 milhões em setembro, além de outros £3,8 milhões no ano anterior. Esses números chamaram atenção porque nenhum outro clube britânico recebeu valores tão altos em forma de subsídio não reembolsável.

Segundo registros revelados pelo The Guardian, autoridades locais haviam afirmado que não havia interesse do setor privado em financiar a renovação do estádio e que o projeto seria “comercialmente inviável”. Agora, com a Apollo investindo pesado e o clube se valorizando rapidamente, especialistas voltaram a questionar essa justificativa.

Stefan Borson, consultor financeiro e especialista em futebol, destacou ao jornal: “O investimento da Apollo é um marco importante e provavelmente em uma das maiores valorizações já vistas para um clube da Championship.”

Ele também levantou a polêmica: “Se o clube consegue atrair investidores desse porte e conta com proprietários bilionários, por que recebeu £18 milhões em subsídios?”

Clubes milionários, governo na mira

O desconforto aumentou porque, em pouco mais de um ano, o Wrexham quitou £15 milhões em empréstimos feitos por uma empresa ligada aos próprios Reynolds e McElhenney e ainda recebeu investimentos vultosos da família Allyn, de Nova York.

Mesmo assim, o governo galês e o conselho local afirmaram anteriormente que a ajuda pública era essencial para transformar o estádio em um local apto para receber partidas internacionais, o que traria benefícios econômicos para a região.

O que dizem Ryan Reynolds e Rob McElhenney

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Em comunicado conjunto, os dois donos reforçaram a visão de longo prazo para o clube:

“Desde o primeiro dia, nosso objetivo foi construir um futuro sustentável para o Wrexham AFC. O sonho sempre foi levar este clube à Premier League sem perder a conexão com a cidade.”

Lee Solomon, parceiro da Apollo, também comentou a decisão:

“O Wrexham vive uma fase incrível. Estamos felizes em apoiar o clube, a comunidade local e Rob e Ryan. Este é um investimento de longo prazo, pensado para ajudar o Wrexham a atingir seus objetivos e impulsionar a revitalização da região.”

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