
O diretor Ryan Coogler, de Pecadores, falou pela primeira vez sobre o aguardado reboot de Arquivo X e comentou alguns dos rumores sobre o elenco.
Criada por Chris Carter, a série original estreou em 1993 e se tornou um dos maiores fenômenos da TV. Foram nove temporadas exibidas inicialmente, com David Duchovny no papel de Fox Mulder e Gillian Anderson como Dana Scully, além de duas temporadas extras lançadas anos depois e dois filmes: Arquivo X: O Filme (1998) e Arquivo X: Eu Quero Acreditar (2008).
Agora, Coogler está à frente de uma nova versão da produção, que vai reimaginar a clássica história de conspirações e fenômenos sobrenaturais.
Em entrevista à Variety, o diretor explicou o motivo pessoal que o levou a querer reviver a série.
“Assim como meu vínculo com Rocky veio do meu pai, Arquivo X é algo que tenho com minha mãe”, contou Coogler.
“Minha mãe significa tudo pra mim, ela está aqui esta noite, então esse projeto é especial. Quero fazer algo que a orgulhe e também honre os fãs. Ela já leu algumas das coisas que escrevi e está muito empolgada.”
Questionado sobre os rumores de que Danielle Deadwyler estaria no elenco principal, Coogler desconversou. “Não posso confirmar nem negar”, disse, mantendo o mistério. O mesmo vale para a possibilidade de Gillian Anderson e David Duchovny reprisarem seus papéis originais.
Quem pode estar no elenco do reboot

Embora nada tenha sido confirmado, o nome de Danielle Deadwyler é um dos mais comentados entre os fãs. A atriz viveu Elena Cole no filme Bagagem de Risco, da Netflix, e Ramona em A Mulher no Jardim, da Universal e Blumhouse.
Ela também atuou em produções como Acertando as Contas com o Diabo (2020), Vingança & Castigo (2021), Till: A Busca por Justiça (2022), Eu Vi o Brilho da TV (2024) e Piano de Família (2024).
Por enquanto, não há data de estreia nem informações oficiais sobre o enredo ou o restante do elenco.
O papel da tecnologia e das redes sociais no novo Arquivo X
Um dos aspectos mais interessantes do reboot de Arquivo X será ver como a série vai lidar com a tecnologia moderna e o mundo digital, algo que mudou completamente desde a estreia da produção original em 1993.
Naquela época, os episódios giravam em torno de fitas cassete, arquivos confidenciais em papel e telefonemas criptografados. Hoje, qualquer pessoa pode gravar um vídeo, espalhar informações e até teorias conspiratórias em segundos pelas redes sociais.
Essa nova realidade cria oportunidades que Arquivo X nunca teve antes. É possível imaginar casos em que vídeos virais ou transmissões ao vivo sirvam como ponto de partida para investigações, com Mulder e Scully (ou seus sucessores) tentando descobrir o que é real e o que é manipulação digital. Fake news, deepfakes e vigilância online também são temas que combinam perfeitamente com o tom de mistério e paranoia da série.
Além disso, a tecnologia atual pode mudar a forma como os personagens se relacionam com o governo e com as chamadas “forças ocultas”. Em vez de documentos secretos escondidos em arquivos físicos, o novo Arquivo X pode explorar vazamentos digitais, hackers e até conspirações que se espalham por fóruns e plataformas online.
Se Ryan Coogler decidir seguir esse caminho, o reboot poderá retratar uma sociedade ainda mais vigiada e desconfiada, onde a verdade é manipulada por algoritmos e a linha entre fato e ficção se torna cada vez mais difícil de distinguir, um terreno fértil para o tipo de investigação que fez de Arquivo X um fenômeno mundial.
As 11 temporadas originais de Arquivo X estão disponíveis no Disney+, para quem quiser revisitar a série antes da chegada da nova versão.