
Reese Witherspoon acredita que Hollywood precisa se preparar para mudanças rápidas na forma como os filmes são feitos e consumidos.
Em entrevista ao The New York Times, a atriz e produtora falou sobre como a atenção do público está mudando e como isso deve afetar toda a indústria.
Reese contou que percebeu um comportamento muito diferente em seus filhos da geração Z em comparação com sua própria adolescência.
“Notei que meus filhos não estavam indo ao cinema. Eu ia toda sexta e sábado à noite. Hoje, as pessoas costumam assistir a apenas um filme por ano nos cinemas com os filhos”, disse.
Para ela, insistir em comparar com o passado não ajuda.
“Você tem que ir onde o público está, não lamentar o fato de que eles não apareceram ou ter o que chamo de ‘old-school-ite’, aquele discurso de ‘no meu tempo’. Simplesmente não funciona assim. Os tempos de atenção estão mudando. A forma como fazemos filmes vai mudar radicalmente nos próximos dois ou três anos”, afirmou.
O papel da inteligência artificial
Quando questionada se essa transformação também tem relação com a inteligência artificial, Reese foi direta.
“Mmm-hmm. Todo mundo sabe disso. Você só precisa entender como vai acontecer. Porque ainda precisamos colocar nossa consciência em cima disso e usar como ferramenta. Caso contrário, é só um trem desgovernado”, explicou.
A atriz já havia comentado o tema em outras entrevistas e reforçado a importância de mulheres participarem dessa nova fase.
“É muito, muito importante que as mulheres estejam envolvidas em IA… porque será o futuro do cinema. Você pode ficar triste e lamentar, mas a mudança está aí”, declarou em uma matéria da revista Glamour, ao lado das colegas do The Morning Show.
Divisão em Hollywood sobre a IA
As falas de Reese chamaram atenção nas redes sociais, já que o uso de inteligência artificial ainda divide opiniões em Hollywood.
Enquanto nomes como Natasha Lyonne e James Cameron já defendem a adoção da tecnologia, outros como Nicolas Cage e Scarlett Johansson se posicionam contra com preocupações éticas e econômicas sobre o impacto que ela pode trazer para criadores e trabalhadores da indústria.
Para Reese, no entanto, a chave está em aprender a usar essas ferramentas sem deixar de lado a criatividade humana, que para ela continua sendo essencial na arte.