O Oscar, maior evento anual de Hollywood, sempre foi uma cerimônia da qual as celebridades fazem de tudo para participar. Mas apresentá-lo realmente vale a pena para os artistas? Jimmy Kimmel e Wanda Sykes compartilharam suas experiências sobre como é estar no centro da prestigiada premiação, e os números não parecem tão atraentes, considerando o nível salarial de muitas figuras famosas.
“Eu estava muito animada com isso, mas então percebi, de todos os empregos que tenho, este realmente vai me custar dinheiro“, admitiu Wanda no ano passado enquanto participava do talk show Jimmy Kimmel Live.
Kimmel, que já apresentou o evento três vezes, revelou que ganhou US$ 15 mil, cerca de R$ 78 mil, por cada aparição. Para a maior parte do público, isso pode ser uma quantia considerável, mas para alguém no patamar de Sykes e Kimmel, a remuneração não parece ser a razão para aceitar o convite.
Não podemos esquecer que esta é uma solenidade que envolve meses de preparação, ensaios e muito estresse, sem contar o risco de levar um tapa por piadas inoportunas.
Mas Kimmel não é a única celebridade a falar sobre o salário baixo. Em 2013, Alec Baldwin, que apresentou a festa do cinema junto com Steve Martin, comparou o salário recebido da Academia a ração de galinha.
Alec disse ao The Hollywood Reporter na época: “Eles não pagam nada a você; o Oscar paga como ração para galinhas. É tudo sobre a honra de ajudar a exaltar as conquistas do cinema“.
Portanto, a questão permanece: US$ 15.000 são suficientes para apresentar o Oscar?
Por um lado, a exposição que vem com a realização de um evento tão importante pode ser um grande impulso para a carreira de uma celebridade, especialmente quem ainda não está no topo. Por outro, com a quantidade de tempo e esforço gastos na apresentação, parece uma quantia baixa.
Além disso, os artistas não demonstram mais tanto interessados em apresentar a cerimônia. Nos últimos anos, a Academia tem lutado para encontrar um apresentador, com muitas celebridades recusando a oferta. Talvez seja o valor do pagamento, ou talvez seja o fato de que submeter-se ao tribunal da internet por qualquer comentário ou piada tornou-se muito mais problemático do que antes.
