Bob Iger, CEO da Disney, recebeu um total de US$ 41,1 milhões no ano fiscal de 2024, um aumento de 30% em relação aos US$ 31,6 milhões do ano anterior. O montante em 12 meses equivale a R$ 242,8 milhões, na cotação atual do dólar.
Os detalhes foram divulgados no relatório anual da empresa, publicado nesta última quinta-feira. A divulgação acontece em meio ao processo de sucessão na Disney, já que o contrato de Iger se encerra em 31 de dezembro de 2026.
Além de Iger, outros altos executivos da Disney registraram aumentos salariais em 2024. Hugh Johnston, ex-executivo da PepsiCo e atual CFO da Disney desde dezembro de 2023, recebeu US$ 24,5 milhões no último ano.
Horacio Gutierrez, Vice-Presidente Sênior e Diretor Jurídico e de Compliance da empresa, teve uma compensação total de US$ 15,8 milhões, um crescimento em relação aos US$ 11,6 milhões recebidos em 2023.
Detalhamento da remuneração de Bob Iger
A maior parte do salário de Bob Iger está vinculada a incentivos baseados em desempenho, prática comum entre os principais executivos do setor de mídia e tecnologia.
O salário base do CEO foi de US$ 1 milhão, enquanto o restante foi distribuído da seguinte forma:
US$ 18,3 milhões em ações
US$ 12 milhões em opções de ações
US$ 7,2 milhões em compensação por desempenho
US$ 2,1 milhões classificados como “outros”
O ano fiscal da Disney foi encerrado em 28 de setembro de 2024.
Assembleia anual de acionistas será realizada em março
A Disney realizará sua reunião anual de acionistas virtualmente no dia 20 de março. No encontro do ano passado, Bob Iger enfrentou forte pressão de acionistas ativistas, incluindo Nelson Peltz, que tentavam mudanças no conselho da empresa e criticavam questões como custos excessivos e dificuldades nos estúdios de cinema. Apesar da disputa, Iger conseguiu manter o controle e implementar ajustes ao longo do ano.
Desta vez, o encontro não deve ter o mesmo nível de tensão. A empresa já declarou oposição a três propostas de acionistas relacionadas a investimentos climáticos no plano de aposentadoria, participação no Índice de Igualdade Corporativa da Human Rights Campaign e o direcionamento de verbas publicitárias com base em posicionamentos políticos e religiosos.
Haverá também uma votação consultiva sobre a remuneração dos executivos, mas o resultado não terá efeito prático. Mesmo que a maioria vote contra os pacotes salariais, isso não impedirá os pagamentos de serem efetuados.
