Qual era a exatamente o trabalho de Julia durante a guerra em Outlander: Blood of My Blood?

Julia-trabalhando-em-Outlander-Blood-of-My-Blood Qual era a exatamente o trabalho de Julia durante a guerra em Outlander: Blood of My Blood?

No segundo episódio de Outlander: Blood of My Blood, “Selada com um Beijo“, a história viaja para 1917, nos últimos anos da Primeira Guerra Mundial. É nesse momento que conhecemos melhor Julia Moriston e Henry Beauchamp, e entendemos como seus caminhos se cruzaram.

O encontro não foi fruto do acaso, mas resultado de um trabalho que Julia desempenhava na época, um trabalho que exigia sigilo absoluto e que, indiretamente, aproximou os dois por meio de cartas. Enquanto Henry enfrentava o caos das trincheiras, Julia estava em uma sala de correspondências no Reino Unido. À primeira vista, poderia parecer uma função administrativa simples, mas estava longe disso.

O verdadeiro trabalho de Julia

Julia integrava um setor responsável por analisar todas as cartas enviadas e recebidas pelos soldados. Cada equipe cuidava da correspondência de um pelotão específico, e a missão delas era identificar e remover qualquer informação considerada sensível antes que chegasse ao destino. Se certas informações caíssem nas mãos erradas, poderia ser desastroso para o país.

O trabalho envolvia passar horas lendo relatos pessoais e, quando necessário, cobrir trechos com tinta preta, o famoso processo de censura. Isso podia incluir detalhes sobre posições militares, estratégias, ferimentos graves ou qualquer dado que pudesse ser útil para o inimigo caso fosse interceptado.

image-39 Qual era a exatamente o trabalho de Julia durante a guerra em Outlander: Blood of My Blood?

Ao contrário do que alguns poderiam imaginar, o objetivo não era apenas proteger os soldados de preocupações familiares. Era, acima de tudo, uma medida de segurança nacional. Assim, em vez de tentar controlar cada soldado e o que ele escrevia, o governo optava por filtrar as cartas já prontas.

Trabalhar com esse tipo de correspondência significava lidar diariamente com descrições diretas do que acontecia nas frentes de batalha. Julia lia relatos de fome, frio, medo, companheiros feridos ou mortos e longos períodos de espera entre ataques.

Muitas vezes, ela tinha acesso às cartas originais de Henry antes da censura, o que lhe permitia conhecer detalhes que nem mesmo as famílias dos outros soldados viam. Isso criou uma conexão silenciosa entre os dois muito antes de se conhecerem pessoalmente.

Julia e o trauma de Henry

Julia-e-Henry-em-Outlander-Blood-of-My-Blood Qual era a exatamente o trabalho de Julia durante a guerra em Outlander: Blood of My Blood?

Quando Henry retorna, marcado pelo que hoje chamamos de transtorno pós-traumático, Julia não o encara com estranhamento. Pelo contrário, ela compreende o que ele viveu.

Ela pode não ter estado nas trincheiras, mas as palavras que leu ao longo daquele ano lhe permitiram visualizar o campo de batalha com clareza. Como artista, Julia tinha imaginação suficiente para transformar cada frase em imagens, e isso também significava carregar o peso dessas memórias.

Em uma das cenas mais marcantes, Julia o acolhe durante um pesadelo, mostrando que entende que a guerra não termina quando o soldado deixa o front.

O peso invisível da censura

Enquanto a maioria das famílias recebia cartas com trechos cortados e ficava na dúvida sobre o que havia sido omitido, Julia carregava a responsabilidade de saber. Isso a aproximou de Henry, além de a fazer enfrentar um tipo diferente de guerra, travada longe das bombas, mas igualmente desgastante.

Era um trabalho que misturava dever patriótico e sacrifício pessoal, pois exigia guardar segredos que não podiam ser compartilhados nem mesmo com pessoas próximas.

Com esse pano de fundo revelado no episódio 2, fica claro que o relacionamento de Julia e Henry tem raízes mais profundas do que se imaginava. A conexão deles não começou no momento em que se conheceram fisicamente, mas foi construída silenciosamente, carta por carta.

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