
O juiz federal dos Estados Unidos Lewis Liman determinou que o depoimento de Blake Lively, dado em 31 de julho, fosse retirado dos autos no processo de assédio sexual e retaliação movido contra Justin Baldoni. A decisão atendeu a um pedido da atriz para manter o documento sob sigilo.
Segundo o juiz, a equipe de Baldoni anexou quase 300 páginas da transcrição do depoimento ao tribunal, mesmo tendo citado apenas duas delas em uma carta processual.
“O anexo de todo o depoimento, depois de citar apenas duas páginas, não serviu a nenhum propósito processual legítimo e parece ter sido feito para sobrecarregar Lively — e, consequentemente, o tribunal — e incentivar especulação pública e escândalo”, escreveu Liman.
O magistrado afirmou ainda que o material continha partes irrelevantes e que o volume apresentado tinha potencial de ser usado para fins de relações públicas, caso Lively pedisse a manutenção do sigilo.
Resposta da defesa de Baldoni
O advogado Kevin Fritz rebateu as acusações em carta enviada ao juiz, ironizando a forma como a defesa de Lively se referiu à transcrição.
“A transcrição registra as próprias palavras da Sra. Lively”, afirmou. “É curioso que ela queira esconder o próprio testemunho em uma ação na qual é a autora”.
A equipe de Baldoni sustentou que o documento foi protocolado sob sigilo e que a atriz poderia simplesmente ter solicitado sua manutenção dessa forma.
Clima antes do julgamento
O julgamento está marcado para acontecer em menos de oito meses, em Nova York. Desde dezembro do ano passado, o caso vem ganhando novos capítulos, incluindo disputas sobre vazamentos para a imprensa e até um pedido da defesa de Lively para que sejam aplicadas sanções contra o advogado Bryan Freedman, que atua para Baldoni.
Até o momento, o tribunal não se pronunciou sobre esse pedido de sanções. Representantes de Lively e Baldoni não comentaram a decisão mais recente.
Fonte: Deadline