A polícia da Califórnia usou músicas protegidas por direitos autorais da Disney para evitar serem filmados. Agora, os policiais envolvidos estão sendo investigados pelo próprio departamento. Na semana passada, os oficiais se basearam em uma regra do YouTube que determina que vídeos com canções sem permissão sejam censurados ou deletados da plataforma para impedir que imagens suas fossem divulgadas na internet.
O incidente ocorreu em Santa Ana, na Califórnia, por volta das 23h de 4 de abril. Durante uma investigação de um veículo roubado, residentes foram acordados ao som de uma série de músicas da Disney sendo tocadas do lado de fora de suas janelas. As músicas incluíam “You Got a Friend in Me” (Amigo Estou Aqui) de Toy Story, “We Don’t Talk About Bruno” (Não Falamos do Bruno) de Encanto, “Imagem” de Mulan e “Un Poco Loco” de Viva – A Vida é uma Festa.
Em um vídeo do YouTube, é possível ver os moradores da região perguntando o motivo da música estar sendo tocada. Johnathan Hernandez, um vereador de Santa Ana, também aparece perguntando aos policiais: “Pessoal, o que está acontecendo com a música aqui?”.
Um policial não identificado disse a Hernandez que ele estava tocando a música de seu celular e no sistema de auto-falante da viatura na tentativa de impedir que um residente, que o estava gravando, continuasse a fazê-lo. O oficial explicou que a ação tinha a ver com “violação de direitos autorais”.
Alguns dias depois, o vereador deu uma declaração ao Washington Post sobre o ocorrido. De acordo com ele, seus vizinhos estavam com medo e confusos com o comportamento do policial. Ele ainda acrescentou que achou irônico que a polícia estivesse tocando músicas de Encanto e Viva em um bairro majoritariamente latino.
Agora, o departamento de polícia confirmou estar investigando o incidente, se declarando comprometido com seu serviço à comunidade. O episódio com os oficiais dá continuidade a uma série de relatos de outros policiais que popularizaram a prática nos últimos meses. Contudo, embora o chefe da corporação tenha afirmado estar ciente do problema, ele afirmou que não é uma prática recomendada.
