
Pedro Pascal, que interpreta o Mandaloriano no universo Star Wars, finalmente assistiu à série Andor, mesmo tendo demorado um bom tempo para isso (assim como Ewan McGregor). Em uma publicação nos stories do Instagram, o ator compartilhou sua reação depois de terminar a série de Diego Luna e surpreendeu ao chamá-la de um dos melhores thrillers políticos já feitos.
A série já tinha terminado há mais de três meses quando Pascal resolveu assistir. Em sua publicação, ele usou uma imagem promocional de Andor com os personagens principais da segunda temporada e escreveu:
“Atrasado de forma imperdoável para essa festa”. Em seguida, completou com: “A melhor série de thriller político, talvez de todos os tempos?”

Enquanto promovia a segunda temporada de The Last of Us e Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, o ator ficou longe das novidades do streaming. E como os episódios de Andor são mais longos do que os de The Mandalorian, ele acabou deixando para depois.
A série não teve a recepção imediata de outras produções da franquia, mas conquistou fãs e críticos com o tempo. O próprio formato da história, mais voltado para o público adulto, marcou uma mudança no estilo de Star Wars.
A trama mostra como Cassian Andor entra para a Rebelião, e foca mais em questões políticas do que em batalhas com sabres de luz ou na Força.
Um thriller político dentro do universo Star Wars

Diferente de outras produções da saga, Andor evita discussões explícitas sobre a Força. A série aposta em personagens comuns, que não são Jedi, e usa a política como motor da história. É nessa abordagem que Pedro Pascal vê um diferencial.
A trama acompanha Cassian Andor, Mon Mothma e Luthen Rael enfrentando o Império, cada um com seus próprios métodos e dilemas. Para Pascal, essa forma de mostrar o funcionamento do sistema e as estratégias para combatê-lo é o que faz de Andor algo diferetnte no universo da franquia.
Enquanto o conflito entre o lado luminoso e o lado sombrio da Força sempre foi a base moral da saga, Andor trabalha com zonas cinzentas. Os personagens precisam tomar decisões sem a orientação de códigos Jedi ou Sith. É tudo mais direto, mais político e menos, digamos, místico.
Mesmo sem poderes ou sabres, as ações de Cassian, Mothma e Luthen têm consequências sérias, e o público acompanha de perto as implicações dessas escolhas. Segundo Pascal, a forma como esses conflitos são construídos mantém o ritmo da série e prende quem assiste.
O sucesso de Andor vai além da estreia
Ao contrário da maioria das produções de streaming, que têm picos de audiência logo após a estreia e depois perdem público, Andor teve uma trajetória diferente. A série foi ganhando atenção aos poucos, acompanhando o estilo mais cadenciado de sua própria história.
Com quase três anos separando as duas temporadas, esperava-se uma perda de fôlego. Mas aconteceu o oposto. O boca a boca e o crescimento do interesse fizeram a base de fãs aumentar com o tempo. A postagem de Pascal é mais um exemplo de como Andor continua sendo descoberta e discutida mesmo após seu encerramento.
Sem rivalidade entre séries, diz Pedro Pascal

Os comentários de Pedro Pascal também ajudam a desfazer uma ideia equivocada: a de que existe algum tipo de competição entre as séries de Star Wars. Por ser muito diferente de outras produções da franquia, como The Mandalorian ou Ahsoka, Andor foi vista por alguns como uma “concorrente”.
Mas o próprio criador de Andor, Tony Gilroy, já afirmou que essa divisão entre fãs não faz sentido. “Tem muita gente online tentando criar brigas entre diferentes séries, mas isso é errado”, disse Gilroy em entrevista.
Cada produção tem sua proposta. Enquanto The Mandalorian foca mais nas relações pessoais e em pequenas histórias de sobrevivência, Andor coloca o foco nos bastidores políticos da Rebelião. Din Djarin, personagem de Pascal, evita envolvimento político, mas aos poucos passa a confiar em representantes da Nova República, como Carson Teva.
Em Andor, os conflitos são internos até mesmo entre os rebeldes, que muitas vezes desconfiam mais uns dos outros do que do Império. Essa tensão interna ajuda a construir o clima de conspiração e urgência que guia a série.
Star Wars segue por caminhos diferentes, e Andor é um deles
Andor foi uma das poucas séries de Star Wars a explorar de forma direta temas políticos sem depender da Força como recurso narrativo principal. Com mais tempo para desenvolver os personagens e suas decisões, a série mergulha nos bastidores da rebelião e mostra como ela é construída aos poucos, com estratégia e sacrifícios.
Enquanto outras produções da saga, como Rebels, focam na filosofia Jedi e no conflito entre o bem e o mal, Andor se aproxima mais de um drama político ambientado em um universo com stormtroopers, TIE Fighters e tudo o que remete ao visual clássico de Star Wars.
A série está completa no Disney+, assim como os demais títulos da franquia. Já The Mandalorian & Grogu tem estreia marcada para 22 de maio de 2026, exclusivamente nos cinemas.