Patrick Schwarzenegger cogita papel em filme de ação, e quer trabalhar com o pai, Arnold

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Patrick Schwarzenegger viveu uma rotina bem diferente durante as gravações da terceira temporada de The White Lotus. Em vez de apenas filmar e voltar pra casa como em outros trabalhos, ele passou oito meses mergulhado com o elenco e a equipe, em tempo integral. A convivência foi tão intensa que o fim da temporada bateu forte.

“Foi triste. Quando vi o episódio final e rolou o tiroteio, me emocionei de verdade. Me senti no fim de um capítulo da minha vida,” contou o ator ao The Hollywood Reporter. “Comecei a chorar. Coloquei a cabeça no ombro da Aimee Lou Wood e ela fez o mesmo. Foi um momento silencioso e triste entre nós.”

Patrick evitou ler os roteiros dos outros personagens para ser surpreendido ao assistir. E deu certo. A cena que mais o tocou foi a sequência final com as três personagens femininas.

“A fala da Carrie [Coon] me pegou. Eu não fazia ideia do rumo daquela trama. Achei incrível como tudo foi resolvido com aquele monólogo,” disse ele.

O peso de viver um personagem odiado

Saxon, seu personagem, não é exatamente o mais simpático no início da série. O público não perdoou, e Patrick ouviu isso nas ruas.

“As pessoas vinham dizer que me odiavam, que eu era um babaca. Eu estava com minha noiva e fiquei tipo: ‘Caramba, isso é pesado!’”

Com o tempo, a reação mudou.

“Depois que o personagem começou a mostrar outro lado, as pessoas passaram a dizer que sentiram pena dele. Teve até um restaurante onde todo mundo começou a bater palmas quando me viram. Fiquei tão mexido que tive que sair.”

Relações com o próprio pai e a fama

Saxon vive à sombra do pai na série, algo com o qual Patrick se identifica. Filho de Arnold Schwarzenegger, ele entende bem essa sensação.

“Tem uma fala em que o Saxon diz: ‘Sem meu pai, sem trabalho, eu sou nada.’ Aquilo bateu forte. Usei isso na cena.”

Ele conta que o próprio Arnold virou fã da série.

O ator sabia que a sequência seria controversa, mas confiou na visão do criador da série, Mike White.

“Eu estava nervoso, claro. Mas sabia que não era eu ali, era o personagem. Confiei no Mike. Ele teve paciência e me guiou no processo. Foi tranquilo.”

Apesar de The White Lotus deixar muitos pontos em aberto, Patrick imagina possíveis desdobramentos.

“Seria engraçado se Saxon aparecesse no próximo hotel como um guru espiritual… ou como o zelador,” brincou.

Próximos passos na carreira

Com a repercussão do papel, as propostas aumentaram, mas Patrick diz que está escolhendo com calma.

“Tem um projeto com um diretor que admiro muito, que pode acontecer ainda este ano. Seria algo extremamente intenso pra mim, tanto como ator quanto como pessoa.”

E sim, ele considera entrar no mundo da ação, mas só quando sentir que está pronto.

“Falei com meu pai sobre isso. Nunca tive vontade antes, mas agora acho que estou chegando lá.”

E quem ficaria com o nome no topo do cartaz se atuasse com o pai?

(Risos.) “Deixo isso pro meu agente decidir.”

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