
Julianne Nicholson está na reta final das gravações da segunda temporada de Paradise, série do Disney+. Ela interpreta Sinatra, uma líder política que controla um grupo isolado em um bunker após um colapso mundial.
“Estamos nos últimos blocos, e a temporada ganha mais ritmo à medida que avança. Vamos além do bunker e exploramos novos lugares”, contou Nicholson ao Deadline.
A atriz comentou também a entrada de Shailene Woodley no elenco, que interpreta uma personagem que chega do mundo exterior e ameaça a credibilidade de Sinatra.
“Ela traz verdade e intensidade para o que faz. Não tem vaidade envolvida, é sobre viver o momento”, afirmou.
Segundo Nicholson, o criador Dan Fogelman nunca quis retratar Sinatra apenas como vilã. “Ela é uma pessoa que tem poder e, por isso, os erros que comete são grandes. Mas ele queria que ela fosse reconhecível como mulher, mãe, esposa”, explicou.
Pesquisa por trás da personagem

Sobre viver alguém tão diferente de outros papéis, Nicholson comentou:
“Tem sido divertido. Nunca interpretei alguém assim. Usar aqueles ternos, entrar nos ambientes com segurança. Foi algo que tive que aprender, não me veio naturalmente”.
A preparação incluiu pesquisa sobre mulheres em cargos de liderança.
“Todas tinham em comum a determinação. Mas o mais interessante foi ver como cada trajetória era diferente da outra. Me fez refletir muito, até por causa dos meus filhos adolescentes que estão entrando no mundo adulto”, disse.
Bastidores de Hacks
Na HBO Max, Julianne apareceu como a excêntrica mãe dançarina em Hacks. A personagem é uma influenciadora que dança no TikTok, tem problemas com álcool e não é, de fato, mãe.
“Eles me descreveram exatamente como você falou. Eu já era fã da série. Quando eles voltaram com esse papel, eu disse sim na hora”, lembrou.
A preparação incluiu ensaios com Corey Baker, coreógrafo baseado em Londres. “Ele criava as coreografias, e eu ia até lá dançar com ele. Era divertido, leve, nunca constrangedor”, contou.
Mesmo nas cenas em que a personagem aparece completamente desmaiada, Julianne aproveitou para explorar o lado físico da atuação. “Eu tive que simplesmente relaxar o corpo. Eles é que fizeram o trabalho de me carregar”, disse, rindo.
Sobre a possibilidade de voltar como a mãe dançarina, ela foi direta: “Claro que eu voltaria. Confio muito neles. Se me chamarem, é porque têm algo bom em mente”.
Cinema, novas séries e colaborações
No cinema, Julianne está em Operação Vingança, ao lado de Rami Malek, Laurence Fishburne, Caitriona Balfe, Rachel Brosnahan e Jon Bernthal.
“Eu estava há 10 meses sem trabalhar depois de me mudar para a Inglaterra. Quando esse projeto apareceu, achei que seria interessante. Gosto muito do diretor James Hawes e admiro o Rami”, disse.
Ela também estrela Dope Girls, nova série britânica que estreou no Hulu nos EUA e deve chegar em breve ao Brasil pelo Disney+. Gravada no País de Gales, a produção mistura ficção histórica com uma abordagem mais ousada.
“Foi incrível estar à frente de uma série da BBC logo depois de me mudar para o Reino Unido. A direção da Shannon Murphy é um dos grandes motivos pelos quais quis participar”, contou.
Julianne ainda mantém contato com Brad Ingelsby, criador de Mare of Easttown, série da qual participou. “Conversamos de vez em quando. Tenho muito carinho por ele e por tudo que vivemos naquele projeto”, afirmou.
Quando perguntada sobre uma possível continuação da série, ela respondeu: “Quem sabe? Foi uma experiência incrível de fazer parte”.
Paradise está disponível no Disney+.