O final da primeira temporada de Outlander: Blood of My Blood deixou os fãs com uma grande dúvida: para onde (ou quando) Julia e Henry foram? Depois de um desfecho cheio de tensão, a série encerrou com um gancho que abre várias possibilidades sobre o destino dos dois.
Durante toda a temporada, Julia e Henry passaram por uma longa busca um pelo outro no passado. No último episódio, “Algo Emprestado“, eles finalmente conseguiram escapar dos castelos Leathers e Grant, unindo forças para tentar uma última saída: as pedras de Craigh na Dun.
Com o perigo se aproximando, não havia tempo para pensar muito. Henry tomou uma decisão rápida, agarrou a mão de Julia e a colocou sobre as pedras,e o que aconteceu a seguir só será revelado na segunda temporada de Outlander: Blood of My Blood, já em andamento na Escócia.
A viagem sem pedras preciosas
Um dos primeiros questionamentos é o fato de Julia e Henry não terem pedras preciosas com eles.
No universo de Outlander, as joias são essenciais para direcionar com segurança a viagem no tempo através das pedras. A produtora Maril Davis falou sobre isso há alguns anos, quando Claire e Roger descobriram os relatos de viagem de Geillis Duncan: “Essa parece ser outra regra consistente para atravessar sem se matar“
Como eles não sabiam disso, há duas possibilidades: ou a série muda novamente suas próprias regras, ou insere algum novo elemento para explicar o salto no tempo.
As pedras servem para guiar o viajante a um destino mais preciso. Sem elas, é possível que Julia e Henry tenham atravessado o portal, mas não chegado exatamente ao tempo desejado. Também há a chance de que tenham se separado durante a travessia.
Se os dois continuaram no passado, a situação deles é bem delicada. Arch Bug está por perto e quer matar Henry. Além disso, Simon Fraser pode acreditar que Henry sequestrou Julia e William, o que aumentaria ainda mais o perigo.
Continuar naquela época seria arriscado e poderia desencadear eventos importantes logo no início da nova temporada. Existe ainda a possibilidade de que eles não tenham mudado de século, mas apenas de horário.
Isso faria com que reaparecessem algumas horas depois, o que poderia confundir Arch e até gerar boatos sobre feitiçaria, já que o sumiço repentino lembraria algo sobrenatural.
Retornar aos anos 1920 parece improvável
Uma coisa parece certa: Julia e Henry não devem voltar ao período original deles, nos anos 1920.
Claire cresceu com a certeza que que seus pais morreram em um acidente de carro, então o retorno deles criaria uma grande contradição com a história principal.
Em Outlander, o pai de Roger consegue voltar ao próprio tempo, mas Roger não tem lembranças desse evento. É Jerry quem salva o filho quando a mãe o joga da escada, pouco antes do colapso do metrô durante o Blitz. Julia e Henry até poderiam retornar, mas isso significaria esconder toda a verdade de Claire, e talvez até do tio Lamb.
Outras possibilidades de destino
Nada indica que Julia e Henry só possam ir para o passado distante ou para os anos 1920. Eles podem ter parado em outro período completamente diferente.
Antes do lançamento da série, muitos acreditavam que Henry apareceria em uma época posterior à Segunda Guerra Mundial, por causa de um memorial visto no trailer, algo que parece mais um erro de edição.
Mesmo que essa teoria tenha sido ajustada, o caminho continua aberto para que o casal vá parar nos anos 1950 ou até depois disso, o que poderia alterar o rumo da história de Claire no futuro, algo fortemente sugerido em um trailer da oitava temporada de Outlander.
Outra hipótese é que as pedras tenham separado Julia e Henry, já que não tinham joias para guiá-los. Um pode ter ido parar em um tempo diferente do outro, o que criaria uma nova busca entre eles para se reencontrarem.
O mistério das pedras perdeu força na série derivada
Um ponto que chama atenção é como Outlander: Blood of My Blood tratou o fenômeno das pedras de Craigh na Dun de forma muito mais rápida do que a série principal.
Quem assistiu Outlander viu que a viagem no tempo é retratada como algo absurdo, impossível, e obviamente causa espanto nos próprios personagens. Claire, por exemplo, passa por momentos de completa descrença e tenta entender de todas as formas como algo tão improvável poderia ter acontecido.
Na série derivada, no entanto, essa sensação de espanto quase não aparece. Julia e Henry demonstram confusão, mas não chegam a expressar o choque que algo desse tamanho naturalmente causaria.
Quando percebem que realmente viajaram no tempo, não há aquele momento de incredulidade, de tentarem entender o que viveram, como Claire fez em Outlander.
O tema das pedras, que sempre foi um dos elementos mais misteriosos da franquia, acabou recebendo pouco destaque. O fenômeno foi tratado de maneira mais direta, sem explorar o impacto que uma experiência tão extraordinária teria sobre pessoas comuns.
Essa ausência de reação mais profunda faz parecer que atravessar o tempo se tornou algo quase rotineiro, quando, na verdade, é um acontecimento raro e impossível de ignorar.
Outlander: Blood of My Blood está disponível no Disney+.