A cerimônia do Oscar 2025 trouxe uma surpresa indesejável para os fãs da Disney: Divertida Mente 2, um dos maiores sucessos de bilheteria de 2024, não levou o prêmio de Melhor Animação.
A vitória ficou com Flow, uma produção independente da Letônia, registrando um marco histórico na premiação.
Essa derrota destacou um fato preocupante: a Disney enfrenta agora o maior período sem vitórias na categoria de animação desde Encanto em 2022.
Será que a era de domínio da Disney e da Pixar no Oscar está chegando ao fim?
Com uma trama sobre as novas emoções de Riley na adolescência e a icônica equipe de Alegria, Tristeza e companhia, muitos acreditavam que o filme seria uma aposta segura para o Oscar.
No entanto, a Academia surpreendeu ao coroar Flow, uma obra minimalista e sem diálogos sobre um gato em busca de refúgio após uma inundação, feita com software gratuito e produzida por uma equipe pequena.
A decisão reflete uma possível mudança nos critérios da Academia, que parece estar valorizando histórias independentes em vez de blockbusters da Disney.
Posts encontrados no X mostram a decepção de fãs, com muitos questionando se o sucesso comercial de Divertida Mente 2 pesou contra ele, enquanto outros celebram a vitória de Flow como uma “vitória do subestimado”. Essa reviravolta gerou discussões acaloradas sobre o que define a “melhor animação” hoje.
O maior jejum da Disney desde Encanto
A última vitória da Disney na categoria de Melhor Animação aconteceu em 2022, com Encanto, que conquistou o Oscar com sua rica representação cultural colombiana e trilha sonora de Lin-Manuel Miranda.
Desde então, o estúdio enfrentou uma sequência de frustrações: Raya e o Último Dragão (2021) e Mundo Estranho (2022) foram ignorados, enquanto Wish: O Poder dos Desejos (2023) e agora Divertida Mente 2 (2025) não conseguiram converter indicações em vitórias.
Esse hiato de três anos marca o período mais longo sem um Oscar para a Disney desde Encanto, quebrando uma tradição de domínio que incluía sucessos como Soul (2020), Toy Story 4 (2019) e Viva: A Vida é uma Festa (2017).
Esse jejum significa uma saturação das fórmulas da Disney e Pixar? Apesar de Divertida Mente 2 ter recebido elogios por sua inovação emocional, a competição com filmes como Robô Selvagem (DreamWorks) e Memórias de um Caracol (IFC Films) sugere que a Academia pode estar buscando diversidade e originalidade, deixando a Disney em uma posição delicada. Será que o estúdio precisa se reinventar para recuperar seu trono?
Consequências no futuro da Disney e da Animação
A derrota de Divertida Mente 2 pode ser um sinal de alerta para a Disney, que historicamente dominou a categoria de animação com 15 vitórias, 11 delas da Pixar.
A ascensão de estúdios como DreamWorks, Sony e produções independentes indica uma mudança no cenário animado, onde narrativas menos comerciais estão ganhando terreno.
Para alguns, isso representa uma democratização do Oscar; para outros, um risco de converter o público que associa a Disney à excelência em animação.
Olhando para frente, o próximo grande teste será Elio, da Pixar. A Disney precisará equilibrar seu apelo massivo com histórias que convençam os votantes da Academia, que parecem cada vez mais inclinados a premiar inovação fora do mainstream.
Enquanto isso, a vitória de Flow inspira novos cineastas, mas deixa os fãs da Disney se perguntando: o que aconteceu com a magia do estúdio? E você, o que acha dessa mudança no Oscar?
