O final alternativo de O Exterminador do Futuro 2 que quase mudou tudo

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O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, dirigido por James Cameron e lançado em 1991, consolidou-se como uma das mais aclamadas sequências no gênero de ação, superando até mesmo seu predecessor, O Exterminador do Futuro, de 1984.

Este filme elevou Arnold Schwarzenegger ao status de maior celebridade global na época e estabeleceu as bases para o desenvolvimento de uma franquia. Contudo, após uma longa espera de doze anos, a série retornou com O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, em 2003, sem a participação de Cameron ou Linda Hamilton, resultando em uma recepção mista e uma continuidade questionável nas outras sequências.

O final não utilizado de O Exterminador do Futuro 2

O final originalmente planejado por Cameron para O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final apresentava uma conclusão bem diferente, marcada por uma mensagem de esperança otimista para o futuro da humanidade.

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Neste desfecho não utilizado, ao invés de uma estrada escura e a reflexão sobre o aprendizado dos seres humanos, somos transportados para uma cena em Washington D.C., trinta anos após os eventos do filme, onde Sarah Connor, em uma narração, reflete sobre a ausência do Julgamento Final em 29 de agosto de 1997.

A cena mostra uma Sarah já idosa, observando seu filho, John Connor, agora um senador dos EUA, brincando com sua filha em um parque. Ela amarra os cadarços da neta e diz que o luxo da esperança lhe foi dado por uma máquina.

“29 de Agosto de 1997 veio e se foi. Nada de mais aconteceu. Michael Jackson fez 40 anos. Não houve Dia do Julgamento. As pessoas foram ao trabalho como sempre fazem; riram, reclamaram, assistiram TV, fizeram amor. Eu queria correr pela rua gritando, pegar todos eles e dizer: ‘Cada dia a partir de hoje é um presente. Use-o bem’. Em vez disso, fiquei bêbada. Isso foi há trinta anos. Mas o futuro sombrio que nunca chegou ainda existe para mim. E sempre existirá, como os vestígios de um sonho.”

“John luta a guerra de forma diferente do que foi predito. Aqui, no campo de batalha do Senado, suas armas são o bom senso e a esperança. O luxo da esperança me foi dado pelo Exterminador do Futuro. Porque se uma máquina pode aprender o valor da vida humana… talvez nós também possamos.”

Este final, que Cameron descreveu como desconectado do tom geral do filme, teria encerrado definitivamente qualquer possibilidade de futuras sequências, entregando uma conclusão e positiva para a saga.

A decisão de Cameron de alterar este desfecho dois dias antes da finalização do filme foi motivada pelo desejo de manter a coerência com a atmosfera mais sombria e a mensagem de uma luta contínua, conforme expresso em suas próprias palavras:

“E de certa forma, era tonalmente desconectado do resto do filme. Havia um sentido de, por que amarrá-lo com um laço? Se o futuro é alterável, então a batalha é algo que tem que ser continuamente lutado.”

A escolha de Cameron de não prosseguir com o final otimista levou à produção de diversas sequências que, apesar de algumas terem seus momentos de brilho, muitas vezes se desviaram da qualidade e da coesão estabelecidas nos dois primeiros filmes.

Com a ausência de Cameron na direção de lançamentos posteriores, a franquia enfrentou desafios em manter a clareza e a força de sua proposta original, resultando em tramas complicadas e recepções mistas por parte do público e da crítica.

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final está disponível na Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay com Telecine, além das plataformas de compra e aluguel como Microsoft, Google Play e Apple TV.

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