Novo prêmio do Oscar reconhecerá quem apanha (e sobrevive) nas telonas

Dubles-Oscar Novo prêmio do Oscar reconhecerá quem apanha (e sobrevive) nas telonas

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou que vai incluir uma nova categoria no Oscar: Melhor Coordenação de Dublês. A mudança, muito esperada por profissionais da área, será implementada oficialmente a partir dos filmes lançados em 2027, com a estreia da premiação na 100ª edição do Oscar, em 2028.

Ainda não estão definidos os critérios de votação nem quem exatamente será premiado, se o coordenador, o time de execução ou ambos. Segundo a Academia, esses detalhes serão estabelecidos nos próximos anos com apoio do Conselho de Governadores e da equipe executiva. Hoje, mais de 100 profissionais de ação já fazem parte do braço de Produção e Tecnologia da instituição, o que facilita a integração da nova categoria ao restante da premiação.

Em nota oficial, o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente Janet Yang afirmaram: “Desde os primeiros dias do cinema, o trabalho de dublês tem sido parte essencial da criação dos filmes. Temos orgulho de reconhecer o talento desses artistas técnicos e criativos, e parabenizamos toda a comunidade pelo esforço até aqui.”

David Leitch esteve entre os principais nomes por trás da conquista

O diretor e ex-dublê David Leitch, conhecido por filmes como Deadpool 2, Trem-Bala e O Dublê, foi uma das figuras que mais defenderam a inclusão da categoria.

Ao lado de Chris O’Hara, da Stunts Unlimited, Leitch trabalhou nos bastidores por anos para que o reconhecimento saísse do papel. O’Hara já assinou cenas marcantes em produções como Venom, Jurassic World e Em Ritmo de Fuga.

“As cenas de ação são essenciais para todos os gêneros do cinema e fazem parte da nossa história. Dos pioneiros como Buster Keaton e Harold Lloyd até os artistas de hoje, todos contribuíram para esse momento”, disse Leitch.

“Essa conquista representa anos de trabalho. Chris e eu fizemos parte desse processo, mas sabemos que estamos apenas seguindo os passos de muitos outros profissionais que abriram o caminho.”

Chad Stahelski, de John Wick, sempre defendeu a ideia

Outro nome que sempre esteve à frente desse movimento foi Chad Stahelski, diretor da franquia John Wick e ex-coordenador de dublês.

Em entrevistas anteriores, ele já havia refletido sobre a complexidade da premiação: “Quem recebe o prêmio? O dublê? O coreógrafo? O coordenador?”, questionou na época.

Apesar dessas dúvidas, Stahelski se manteve confiante e disse, em entrevista ao Collider: “Sou totalmente a favor de um Oscar para cenas de ação. Somos parte fundamental do que o público vê em muitos dos maiores filmes.”

A decisão da Academia marca um novo capítulo para os profissionais de ação que, até hoje, contribuíram de forma fundamental para o cinema sem receber reconhecimento nas principais premiações. A estreia da categoria em 2028 deve atrair a atenção de todo o setor, e talvez de uma plateia inteira torcendo por uma sequência bem coordenada no palco do Oscar.

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