
O cenário de Hollywood está em constante transformação, e agora, todas as atenções se voltam para uma possível fusão entre Warner Bros. Discovery (WBD) e Paramount Global. Segundo fontes ouvidas pelo Deadline, a negociação está se tornando cada vez mais inevitável, especialmente após novos contratos firmados pelos executivos da Warner, Michael De Luca e Pam Abdy.
De Luca e Abdy, responsáveis por um faturamento mundial de mais de 4 bilhões de dólares em bilheteria neste ano, renovaram seus contratos e reforçaram o valor estratégico da Warner Bros. Discovery no mercado.
Um executivo do estúdio comparou a situação com “comprar uma casa e descobrir um quadro de Warhol no quintal”, ao sugerir que qualquer comprador levaria junto grandes talentos.
Esses novos acordos aumentaram o interesse de David Ellison e da Skydance, empresa que recentemente concluiu um acordo de 8 bilhões de dólares para assumir o controle da Paramount.
O atual CEO da WBD, David Zaslav, pode não continuar no cargo caso a fusão aconteça. Fontes do setor afirmam que David Ellison e seu pai, Larry Ellison, cofundador da Oracle e um dos homens mais ricos do mundo, querem começar com uma “folha em branco”, o que reduziria as chances de Zaslav manter uma posição de liderança.
No máximo, ainda segundo o Deadline, ele poderia receber um assento no conselho ou um cargo simbólico de “consultor estratégico”. Ainda assim, a prioridade dos Ellison é evitar carregar a pesada dívida da WBD e qualquer conflito de comando.
Mesmo assim, Zaslav estaria sondando outras opções, incluindo conversas com a Netflix, em busca de uma negociação alternativa ou de influência nas discussões.
Por que a Netflix não deve comprar a Warner Bros. Discovery

O analista Richard Greenfield, da Lightshed Partners, acredita que a Netflix não tem real interesse em adquirir a WBD.
“O streaming simplesmente não vai gastar entre 75 e 100 bilhões de dólares para comprar a Warner Bros. Discovery”, explicou. Ele destacou que a Netflix tem um valor de mercado de cerca de 47 bilhões de dólares, além de carregar uma dívida próxima de 30 bilhões.
Outro obstáculo seria o modelo de negócios: a Netflix quer investir em produções originais e licenciamento pontual, enquanto a WBD ainda depende de redes a cabo e contratos de distribuição complexos com empresas como Amazon Prime, Charter e DirecTV.
Os Ellison, depois da aquisição da Paramount, parecem dispostos a evitar longas negociações como as do acordo anterior. Comprar a WBD em um movimento direto, incluindo suas divisões de TV a cabo e cinema, poderia ser mais vantajoso do que esperar pela separação dos ativos.
Com poucas empresas ainda interessadas em uma operação desse porte, a Skydance e os Ellison despontam como os principais candidatos.
A Comcast, que entregou todo o controle do Hulu à Disney, enfrentaria forte resistência dos órgãos regulatórios, Sony precisaria de apoio de um fundo de investimento, e Apple e Amazon não demonstraram interesse em entrar na disputa.
No momento, o destino da Warner Bros. Discovery parece estar nas mãos da família Ellison, que pode, em breve, fazer uma das maiores fusões da história recente de Hollywood.
Caso for vendida pra Paramount, pode aguardar o fiz dos canais da warner Discovery.
Sim será o fim da tv a cabo