Com o material que já possui, é fácil imaginar a Disney produzindo mais filmes em versão live-action a partir de suas animações. Há um filme da Branca de Neve marcado para 2025, além de adaptações de Lilo & Stitch e Moana em andamento.
Seguindo essa linha, o prelúdio Mufasa: O Rei Leão chegou aos cinemas. Ele mostra as origens de Mufasa e como ele conheceu Sarabi. Há momentos de romance, ação e tragédia, construindo um desfecho que esclarece como Scar (Kelvin Harrison Jr.) se tornou o principal rival de Mufasa.
O desfecho de Mufasa
Mufasa (Aaron Pierre) era um filhote órfão depois que seus pais (Afia e Masego) morreram em uma enchente logo no início. Ele foi encontrado pela família de Taka e adotado.
Porém, um conflito sangrento contra leões brancos chamados Forasteiros resultou na quase extinção do bando. Kiros deseja vingança pela perda de um de seus filhos em combate contra Mufasa. Essas circunstâncias levam Mufasa e Taka a fugir em busca de uma terra mítica chamada Milele.
No caminho, eles encontram Rafiki, Zazu e Sarabi. Taka sente ciúmes quando percebe o vínculo entre Mufasa e Sarabi. Em segredo, Taka colabora com Kiros, deixando pistas para que Mufasa seja encontrado.
Isso leva a um confronto decisivo nas Pride Lands, enquanto os outros animais têm medo de reagir. Mufasa consegue inspirá-los. Rafiki sempre acreditou que ele era uma espécie de escolhido, alguém que enxerga com os olhos e o coração.
Mufasa se mostra apto a reinar, o que o incentiva a enfrentar e eliminar Kiros. Taka se arrepende e ajuda nessa batalha. Mufasa também é estimulado por sonhos com sua mãe, Afia.
Ao se firmar nesse novo reino, ele repreende o irmão e rejeita seu antigo nome, fazendo com que Taka passe a se chamar Scar. A cicatriz no rosto, a mágoa por Sarabi ter escolhido Mufasa e o sinal que deixou nas pedras para Kiros se guiarem servem de base para esse novo nome.
Há uma descoberta importante: Mufasa encontra sua mãe nas Pride Lands. Afia havia dito que eles chegariam lá algum dia. A reunião é dolorosa porque fica confirmado que Masego morreu na enchente. Ainda assim, Mufasa considera os amigos que o cercam naquele momento.
Ele recorda as palavras de Rafiki: “um leão que segue sozinho pode chegar rápido, mas ao andar com amigos vai mais longe”. Mufasa ruge e se estabelece como o líder que um dia será pai de Simba.
Scar se afasta envergonhado. Ele finge arrependimento, mas seu ego ferido indica por que, no futuro, planejará eliminar Mufasa. Ele não aceita que o sangue real que valorizava tenha chegado ao fim e que todos agora olhem para Mufasa, que os protegeu do mal.
Mufasa não tem cenas pós-créditos
A história de Mufasa é contada por Rafiki, que a narra para Kiara (Blue Ivy Carter), filha de Simba. Na cena final, Simba retorna e apresenta a Kiara o novo filhote da família, Kion. Assim, não há necessidade de cena pós-créditos ou durante os créditos.
Tudo no enredo se encerra de forma satisfatória, e a origem de Mufasa fica completa. Ele está pronto para se casar com Sarabi, e Rafiki passa a ser seu irmão espiritual. As hienas vistas no fim oferecem a Scar uma oportunidade de agir nas sombras e planejar um golpe.
Possíveis caminhos para outras produções
A Disney investe bastante em franquias. É o caso de Moana 2 já em desenvolvimento, além do live-action de Moana. Mufasa: O Rei Leão abre espaço para outras histórias. Uma continuação poderia mostrar o início da vida de Mufasa e Sarabi após se casarem, antes do nascimento de Simba.
As Pride Lands têm predominantemente leoas. Mufasa precisaria reforçar seu exército, lembrando a falha de Obasi, pai de Taka, que não fortaleceu suas forças. Por isso Kiros e seu grupo eliminaram o bando com facilidade, incluindo a mãe adotiva, Eshe. Essa busca por novos aliados poderia apresentar novos rivais e dar a Scar a chance de tramar com suas hienas num estilo mais elaborado.
Um possível derivado poderia focar em Rafiki, um personagem enigmático e carismático. Ele demonstra poderes sobrenaturais, como curar animais feridos, e tem visões do futuro. Uma história paralela poderia explorar essa sensibilidade mágica do reino, algo sugerido quando um terremoto místico ajudou a eliminar alguns dos leões malignos no final.
Rafiki poderia sair em jornada, procurar sua antiga companheira, tentar encontrar outros para seu novo lar e descobrir o que houve com seu irmão, que ele acredita ter morrido. Nesse caminho, Zazu também teria mais espaço, e novas regiões da África trariam variedade de animais e cenários, enriquecendo esse universo da Disney.
Sinais para O Rei Leão 2
O diretor Barry Jenkins orienta o rumo para O Rei Leão II: O Reino de Simba. Kiara e Kion podem se ajudar, ao invés de brigar pelo trono. Enquanto Simba e Nala protegem a região, a continuação poderia abordar outros bandos nas fronteiras, prontos para um ataque. Leões brancos ou leopardos negros podem surgir como ameaça.
O Rei Leão II pode trabalhar com espiões, perigos e leões que queiram o lugar de Simba e os direitos de seus filhos. Isso permite ampliar e subverter o conceito de herança do trono, dando protagonismo às leoas.
Kiara cresce admirando a história de Mufasa. Kion pode não desejar o trono, ao contrário da irmã, que não recusa a responsabilidade. Assim, a tradição pode mudar, com Kiara assumindo um papel mais ativo.
Essa expansão ainda remete à série dos anos 1990, A Guarda do Leão, em que Kion e o Bando da Noite protegem o reino. Timão e Pumba também permanecem como apoio cômico. Novos ambientes podem destacar a importância das princesas e rainhas, figuras centrais e muitas vezes subestimadas nessa trajetória.
Mufasa: O Rei Leão está em cartaz nos cinemas.