
Kevin Feige, o presidente da Marvel Studios, contou que seu filho não se interessava pelos heróis dos cinemas até experimentar o jogo Marvel Rivals. Desenvolvido pela NetEase, o game já chegou a 40 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Antes disso, apesar de saber que o pai trabalhava com personagens como Homem-Aranha, Senhor das Estrelas e Feiticeira Escarlate, o garoto apenas fingia um interesse “de apoio”.
Mas tudo mudou quando ele começou a jogar Marvel Rivals, e passou a querer aprender mais sobre vários personagens, vendo depois esses heróis e vilões nas séries do MCU.
“De repente, ele começou a me pedir para contar mais sobre Hela. Contar mais sobre o Justiceiro e esses outros personagens. E então ele começou a procurá-los nas séries“, disse ele.
Marvel alcança diferentes gerações
Para Feige, o segredo da Marvel está na variedade de formas de adaptação. Ele lembrou que, além de jogos como Marvel Rivals, a série infantil Homem-Aranha e Seus Amigos Espetaculares, lançada em 2021, também abre portas para o universo dos heróis a diversos públicos.
A série mostra o Aranha interagindo com personagens como Miles Morales e Gwen Stacy em histórias simples, mas com repercussão.
“Num dia, o Duende Verde constrói bonecos de neve para atacar o Aranha; no outro, é o filme em que ele mata a Tia May”, comparou Feige, destacando como diferentes abordagens podem coexistir.
Assim como quem cresceu assistindo o desenho do Aranha nos anos 90 acabou atraído pelos filmes de Sam Raimi, Feige acredita que as gerações Z e Alpha seguirão um caminho parecido: passando por games como Marvel Rivals e conteúdo infantil até chegarem aos grandes filmes do MCU, como os da franquia Vingadores.
O plano inclui também a chegada dos X-Men ao MCU, com participações de Patrick Stewart e personagens clássicos mudando o tom temático dos mutantes, heróis jovens que lidam com a sensação de serem diferentes.
Os X-Men surgem sob nova ótica
Ao falar sobre os mutantes, Feige destacou a identificação que geram com quem se sente à margem. “Eles sempre foram um espaço para contar histórias sobre jovens que se sentem diferentes, que sentem que não pertencem”, disse ele.
Com isso, fica claro que a Marvel quer trazer os X-Men não apenas como nostalgia, mas como protagonistas de histórias que dialogam com o presente e com quem busca representação.