
Jamie Lee Curtis volta ao papel de Tess Coleman em Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, continuação direta de Sexta-Feira Muito Louca, 22 anos depois do primeiro filme. Desta vez, além de atuar, ela também assina a produção do longa, que estreia nos cinemas brasileiros hoje, dia 7 de agosto.
Ao lado dela está Sophia Hammons, uma das novidades no elenco. Em entrevista ao Collider, as duas falaram sobre como encontraram sintonia nas cenas e sobre os truques que usaram para dar vida à troca de corpos.
“Tive o privilégio, como produtora, de assistir à audição da Sophia,” contou Curtis. “Lembro de dizer para a Nisha [Ganatra, diretora]: ‘Aquela menina inglesa é muito boa’, e ela respondeu: ‘Ela não é inglesa’. Fiquei chocada. Foi uma atuação bem madura.”
Hammons também se impressionou logo no primeiro encontro:
“Quando fizemos uma cena juntas e olhei nos seus olhos, senti muita profundidade. Parecia que eu estava sendo vista de verdade, como personagem e como pessoa. Pensei: ‘Vai dar certo’.”
O segredo por trás da troca de corpos

Sobre como mergulhar nas personalidades trocadas, as atrizes revelaram alguns truques de linguagem e postura.
“A Tess tem frases marcantes, tipo ‘Pausa e repensa’ ou ‘Faça boas escolhas’,” disse Hammons. “Mesmo que não estejam no roteiro, essas expressões me ajudavam a entrar no personagem.”
Curtis completou: “No filme original era mais fácil, porque bastava mudar a postura para mostrar a diferença entre uma adolescente e um adulto. Agora é mais sutil. A Lily é muito madura, então usamos detalhes do figurino, como lenços, e palavras específicas. Por exemplo, ‘crevices’ soa muito britânico, enquanto a gente diria ‘rugas’. Esses pequenos ‘inglesismos’ nos ajudaram.”
Quando questionada se pensou em usar sotaque britânico, Curtis foi direta: “Não dava. Se a Tess descesse as escadas com um sotaque inglês, o Mark Harmon ia achar que ela teve um aneurisma.”
Jamie Lee Curtis como produtora

Pela primeira vez, Jamie Lee Curtis é creditada como produtora principal de um filme. A ideia surgiu quando percebeu que Lindsay Lohan, agora com 35 anos, poderia interpretar uma mãe de adolescente.
“Estava em uma turnê de divulgação de Halloween, e todo mundo só perguntava sobre Sexta-Feira Muito Louca. Quando voltei pra casa, liguei para Bob Iger e disse que a gente devia fazer esse filme,” contou Curtis sobre o contato com o CEO da Disney.
Como produtora, ela participou desde o início da formação da equipe e das decisões criativas.
“Ser produtora é frustrante às vezes, mas é um trabalho importante. E a Nisha foi uma escolha certeira para dirigir.”
Curtis também comentou outros projetos em que está envolvida. Entre eles, o filme O Ônibus Perdido, dirigido por Paul Greengrass, com Matthew McConaughey e America Ferrera, que estreia em setembro, e a série Scarpetta, ao lado de Nicole Kidman.
Curtis ainda falou sobre Sender, filme de baixo orçamento dirigido por Russell Goldman, que também é produtor da Comet Pictures, empresa da atriz.
“O filme é sobre um golpe chamado ‘brushing scam’, quando você começa a receber pacotes que nunca pediu. É um suspense psicológico com a Britt Lower no papel principal,” explicou.
Curtis disse que está gostando da nova fase da carreira, tomando decisões criativas e liderando projetos.
“É o que eu deveria estar fazendo agora. Já estou nesse meio há muito tempo. Ser produtora é o próximo passo natural.”