Graças aos Tulkun, Avatar 4 e 5 podem avançar décadas sem perder personagens

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Este texto contém spoilers de Avatar: Fogo e Cinzas.

Quando Avatar chegou aos cinemas em 2009, James Cameron deixou claro que aquela história estava só começando. Na época, a promessa de várias continuações parecia ousada, e muita gente associou o longo intervalo entre os filmes apenas ao desenvolvimento de novas tecnologias.

Com Avatar: O Caminho da Água e agora Avatar: Fogo e Cinzas, ficou evidente que o plano vai muito além do visual. A saga deixou de ser apenas a jornada de Jake Sully e Neytiri para se tornar um retrato amplo de gerações, conflitos e do choque constante entre humanos e Na’vi.

Histórias desse tipo são comuns na literatura, mas menos frequentes no cinema. Mesmo com o público já acostumado a continuações que passam o protagonismo adiante, Avatar ainda carrega várias pontas soltas. Muitos desses conflitos ganham mais força se personagens adultos continuarem ativos, mesmo com grandes saltos temporais.

Entre os Na’vi, isso não parece um problema. A longevidade da espécie nunca foi totalmente explicada, mas tudo indica que eles vivem mais do que os humanos. A grande dúvida envolve personagens como Spider, vivido por Jack Champion, que se aproxima cada vez mais do povo de Pandora em Fogo e Cinzas. É aqui que os tulkun entram em cena.

O fluido dos tulkun

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Em O Caminho da Água, o público descobre que os corpos dos tulkun contêm a Amrita, um fluido raro que, segundo o caçador Mick Scoresby, interrompe o envelhecimento humano. Ainda não se sabe exatamente como o líquido é administrado, nem se o efeito é permanente, mas ele rapidamente se torna mais valioso do que o unobtanium.

Mesmo que Fogo e Cinzas indique dificuldades para a RDA continuar explorando os tulkun, não há como saber quanto desse material já foi extraído. Isso abre espaço para que figuras como o próprio Scoresby, a general Frances Ardmore ou Parker Selfridge continuem relevantes em filmes ambientados décadas depois.

No caso de Spider, a situação é mais delicada. Totalmente integrado aos Na’vi, ele dificilmente aceitaria a Amrita por vontade própria. Ainda assim, circunstâncias extremas podem mudar esse cenário, principalmente se sua ligação com Kiri se aprofundar ao longo da saga. A ideia de um humano prolongando artificialmente a vida, usando algo retirado de um ser sagrado para Pandora, cria um conflito moral poderoso.

Com tantos caminhos possíveis, os tulkun deixam de ser apenas criaturas majestosas do oceano e passam a ocupar um papel central no tabuleiro da história.

Se Avatar 4 e Avatar 5 realmente avançarem no tempo, a amrita pode ser o elemento que mantém personagens-chave em cena, adicionando novas situações de tensão ao destino de Pandora.

Avatar: Fogo e Cinzas segue em cartaz nos cinemas brasileiros.

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