
Os serviços de streaming que operam na Califórnia precisarão ajustar o volume de seus anúncios para não ultrapassar o som dos programas que os antecedem ou sucedem.
A nova determinação faz parte de um projeto de lei assinado pelo governador Gavin Newsom, que proíbe as plataformas “de transmitir o áudio de propagandas em volume mais alto do que o conteúdo de vídeo que as acompanha.”
A legislação foi aprovada sem oposição no congresso estadual e amplia uma regra que já existe para a televisão tradicional nos Estados Unidos.
Newsom destacou que a medida segue o mesmo princípio da Commercial Advertisement Loudness Mitigation Act, lei federal aprovada em 2010, que proíbe emissoras de TV e operadoras de cabo de veicularem comerciais em volume superior ao dos programas.
Com o crescimento dos serviços de streaming sustentados por publicidade, como Disney+ e Netflix, o governo da Califórnia entendeu que era hora de estender as mesmas restrições às plataformas digitais.
“Ouvimos os californianos em alto e bom som, e o que ficou claro é que eles não querem comerciais mais altos do que o programa que estavam assistindo”, declarou o governador em comunicado oficial.
Origem curiosa da proposta

O senador Thomas Umberg, coautor do projeto, comentou que a iniciativa nasceu de uma situação cotidiana com a qual muitos pais podem se identificar.
“Esta lei foi inspirada pela bebê Samantha e por todos os pais exaustos que finalmente conseguem fazer o filho dormir, apenas para um anúncio barulhento no streaming estragar todo o esforço.”
A aprovação da medida foi bem recebida entre legisladores estaduais e grupos de consumidores, que há anos reclamam da diferença de volume entre conteúdos e propagandas nas plataformas digitais.
Com a nova regra, os streamings terão de garantir que seus anúncios sejam reproduzidos em níveis de som consistentes, evitando interrupções bruscas e incômodas para os usuários.
Fonte: Deadline