Em estreia simultânea com os Estados Unidos, a Disney lançou no Star+ mais uma docussérie de crime real. Em Jonestown: Massacre no Culto, produção da National Geographic, sobreviventes e testemunhas oculares contam a história das últimas horas da organização idealista de Jim Jones, que se transformaram em um evento com vítimas em massa.
Esta série em três capítulos explora os trágicos eventos de 18 de novembro de 1978, onde mais de 900 pessoas perderam suas vidas em Jonestown, Guiana, sob a liderança de Jim Jones.
Vale lembrar que a passagem da série pelo Star+ será muito breve, já que essa plataforma será encerrada, com seu conteúdo migrado para o Disney+ a partir de 26 de junho.
A perspectiva dos sobreviventes
Diferente de abordagens anteriores, Jonestown: Massacre no Culto destaca-se por relatar os acontecimentos exclusivamente através das perspectivas dos sobreviventes, eliminando a participação de especialistas externos.
Segundo a diretora Marian Mohamed, a série se concentra em testemunhos e imagens de arquivo, proporcionando uma visão mais pessoal e menos analítica dos eventos. “Estamos contando a história através do testemunho e de imagens de arquivo. Meu time e eu passamos muito tempo revendo o material dos anos 70 para identificar todos os envolvidos,” explicou Mohamed ao TV Insider.
Respeito no tratamento do tema
O tratamento dos temas é feito com uma sensibilidade que busca respeitar a memória dos envolvidos, explorando não só a tragédia, mas também a resiliência dos sobreviventes. Marian Mohamed enfatiza que a abordagem visa oferecer um espaço seguro para os sobreviventes compartilharem suas experiências.
“Foi importante mostrar que eles são mais do que o que aconteceu, que são personagens tridimensionais como qualquer outra pessoa, exceto que carregam uma história massiva dentro de si,” afirma Mohamed.
A série também inclui imagens inéditas e gravações raras de Jim Jones, bem como entrevistas com figuras importantes como Stephen Jones, filho de Jim Jones, que proporciona uma visão íntima sobre o líder do culto. A inclusão desses elementos visa fornecer uma compreensão mais profunda das dinâmicas internas de Jonestown e do carisma manipulador de Jones.
One Day in Jonestown também aborda a cobertura jornalística dos eventos, destacando o papel crítico e muitas vezes perigoso dos repórteres. Marian Mohamed reconhece o valor desses profissionais: “Os jornalistas não sempre recebem o reconhecimento que merecem. Eles são heróis como os outros repórteres que foram lá e conseguiram divulgar a história.”