A Disney pretende investir cerca de 30,5 bilhões de dólares em streaming para o ano de 2021. O valor é quase o dobro de seus concorrentes, como a Netflix, NBCUniversal e a Warner Bros..
De acordo com um relatório do Wall Street Journal divulgado pela Wells Fargo na última semana, a empresa planeja expandir seus gastos com novos conteúdos em 2021, depois de ter passado um ano financeiramente instável como 2020.
Segundo a instituição financeira, é estimado que a Disney tenha gastado US$ 28,9 bilhões para este fim no ano passado, incluindo todas as diferentes plataformas oferecidas pela marca, como Disney+, Hulu e ESPN+.
O valor de 2021, que ultrapassa o anterior por quase US$ 3 bilhões, vai para uma ampla gama de projetos, incluindo os próximos filmes que serão lançados na Disney+, como Pinóquio e Peter Pan e Wendy, as próximas séries de grande orçamento para Star Wars e Marvel, e a expansão de suas ofertas de esportes, tanto nacional quanto internacionalmente, incluindo o STAR+.
Todo esse investimento só é possível porque a Disney, no geral, tem outras fontes de receita fora dos streamings, incluindo os parques espalhados pelo mundo, cruzeiros, licenciamentos de suas criações, a sua mídia linear, que são os canais de TV ABC, Freeform e FX, e os estúdios. Isso faz com que eles possam realocar seus lucros e gastos para a criação de conteúdos inéditos.
Por outro lado, os serviços concorrentes não têm a mesma possibilidade. A NBC Universal, por exemplo, deve gastar cerca de US$ 18 bilhões em 2021, enquanto o orçamento da Netflix se aproxima de US$ 17,4 bilhões e a WarnerMedia deve investir US$ 16,7 bilhões.
Estimativa de gasto com conteúdo das principais empresas de mídia
Fonte: Wells Fargo
Embora esses valores sejam os maiores já postos nesse setor para cada um dos streamings, eles não passam muito da metade do que a Disney tem planejado.
Outras plataformas que também têm negócios fora dos serviços de streaming, como Apple, Amazon e ViacomCBS, completam o relatório.
