A Walt Disney Company revelou, durante seu encontro trimestral com investidores, que o Disney+ sofreu uma redução de 600 mil assinantes globalmente entre outubro e dezembro do último ano. Atualmente, o serviço de streaming tem 149,6 milhões de assinantes , um leve decréscimo em relação aos 150,2 milhões do trimestre anterior.
Após um período desafiador marcado por sucessivas perdas de assinantes, especialmente em certas regiões da Ásia devido à perda dos direitos de transmissão da popular Indian Premier League, o Disney+ havia registrado crescimento no trimestre anterior, passando de 146,1 milhões para 150,2 milhões de usuários.
No mercado latino-americano, a Disney adota uma estratégia dual de streaming, operando tanto o Disney+ quanto o Star+. Segundo a companhia, um assinante do Star+ ou do Combo+ é contabilizado como um único assinante pago do Disney+.
Números atualizados de assinantes
Aqui estão os números atualizados de assinantes (em milhões) das diversas plataformas de streaming da Disney:
- Disney+ Global – Antes: 150,2 – Depois: 149,6
- Disney+ Doméstico (EUA e Canadá) – Antes: 46,5 – Depois: 46,1
- Disney+ Internacional excluindo Disney+ Hotstar+ – Antes: 66,1 – Depois: 65,2
- Disney+ Core (excluindo Hotstar) – Antes: 112,6 – Depois: 111,3
- Disney+ Hotstar – Antes: 37,6 – Depois: 38,3
- ESPN+ (Apenas EUA) – Antes: 26 – Depois: 25,2
- Hulu (Apenas EUA) – Antes: 48,5 – Depois: 49,7
Crescimento da receita e redução de Custos
Apesar da queda no número de assinantes, a receita com as plataformas de streaming aumentou em 15%, enquanto as perdas operacionais tiveram uma expressiva redução de 86%. Segundo a Disney, a diminuição na perda operacional no trimestre atual, comparada ao mesmo período do ano anterior, deve-se ao:
- Crescimento da receita de assinaturas, atribuível a taxas mais altas devido a aumentos nos preços nos serviços de streaming, e ao crescimento de assinantes no Disney+ Core e, em menor escala, no Hulu.
- Aumento da receita de publicidade devido a maiores impressões nos serviços de streaming.
- Diminuição nos custos de programação e produção, atribuível a custos médios mais baixos por hora de conteúdo não esportivo.
A Disney conseguiu reduzir seus custos em quase US$ 300 milhões em relação ao trimestre anterior e espera alcançar a rentabilidade em seus negócios de streaming no quarto trimestre do ano fiscal de 2024.
Declaração do CEO da Disney, Bob Iger
Bob Iger, CEO da Disney, expressou otimismo com a direção atual da empresa: “Há apenas um ano, traçamos um plano ambicioso para retornar a Walt Disney Company a um período de crescimento sustentado e criação de valor para os acionistas. Nosso forte desempenho neste último trimestre demonstra que viramos a esquina e entramos em uma nova era para nossa companhia, focada em fortalecer a ESPN para o futuro, construir um negócio de streaming lucrativo e de crescimento, reinvigorar nossos estúdios de cinema e impulsionar o crescimento em nossos parques e experiências.”
Ele acrescentou: “À medida que construímos para o futuro, as etapas que estamos tomando hoje solidificam o lugar da Disney como a criadora de conteúdo global preeminente. Olhando para a força renovada de todos os nossos negócios neste trimestre – de Esportes a Entretenimento a Experiências – acreditamos que o palco está montado para um crescimento e sucesso significativos, incluindo amplas oportunidades para aumentar os retornos para os acionistas conforme nossos lucros e fluxo de caixa livre continuam a crescer.“