
O novo relatório financeiro fiscal da Disney divulgou os números atualizados de assinantes, e os dados mostram crescimento tanto no Disney+ quanto no Hulu. Nos Estados Unidos o Hulu continua existindo como uma plataforma independente, com assinatura própria e opção de TV ao vivo. Já no Brasil e no restante do mundo o Hulu se tornou uma das marcas que compõem o catálogo do Disney+, ocupando o espaço que antes era do banner Star.
Para o público brasileiro, essa diferença ajuda a entender por que os números chamam atenção. O relatório mostra aumento no total de assinantes do Disney+ e também do Hulu, mesmo com estratégias diferentes em cada região.
O documento também explica como essa contagem funciona. Parte dos assinantes vem de ofertas diretas e parte de acordos com terceiros, o que costuma reduzir a receita média por usuário. A Disney ressalta que membros extras adicionados a uma conta não entram na contagem, e que cada serviço incluído em pacotes conta como uma assinatura individual.
Números de assinantes antes e depois
A tabela abaixo usa a comparação direta entre o trimestre anterior e o trimestre encerrado em 27 de setembro de 2025, totalizando 195,7 milhões de assinantes.
| Serviço | Trimestre anterior | Agora (Q4 FY25) |
|---|---|---|
| Disney+ EUA e Canadá | 57,8 milhões | 59,3 milhões |
| Disney+ Internacional | 69,9 milhões | 72,4 milhões |
| Disney+ Global | 127,8 milhões | 131,6 milhões |
| Hulu SVOD | 51,2 milhões | 59,7 milhões |
| Hulu Live TV + SVOD | 4,3 milhões | 4,4 milhões |
| Hulu Total | 55,5 milhões | 64,1 milhões |
O que os dados mostram
O total mundial do Disney+ sobe para 131,6 milhões de assinantes. Esse número inclui os mercados internacionais, onde a consolidação com o conteúdo que antes ficava no Star reforça o catálogo. No trimestre anterior, o total global era de 127,8 milhões, então adiferença mostra um aumento consistente.
Nos Estados Unidos e no Canadá, o Disney+ chega a 59,3 milhões de assinantes. No resto do mundo, o serviço registra 72,4 milhões, o que representa o maior pedaço da base global.
O Hulu, mesmo restrito ao mercado norte-americano, varia bastante. O SVOD representa 59,7 milhões de assinantes e o Live TV fica em 4,4 milhões. O total sobe para 64,1 milhões. É um salto considerável em relação aos 55,5 milhões do trimestre anterior, e é algo que a Disney explica com aumentos de preço, mais assinantes e ajustes nos pacotes.
Bob Iger, o CEO da Disney, comentou:
“Este foi mais um ano de grandes progressos, no qual fortalecemos a empresa, alavancando o valor de nossos ativos criativos e de marca, e continuamos a fazer avanços significativos em nossos negócios de venda direta ao consumidor. Nossa estratégia, aliada ao nosso portfólio de negócios complementares e a um balanço patrimonial sólido, nos permite continuar investindo em ofertas de alta qualidade para nossos consumidores e aumentando o retorno para nossos acionistas, e estou satisfeito com nossas muitas conquistas neste ano fiscal, que posicionam a Disney para o futuro.”
Como a receita é calculada
O relatório detalha como a Disney calcula a receita por assinante. No Disney+ dos Estados Unidos e Canadá, a média permanece em US$ 8,09 por mês. Nos mercados internacionais a média vai para US$ 8,00, e a empresa informa que acordos com operadoras e parceiros costumam gerar valores menores por usuário.
Os números também refletem uma reorganização dos negócios internacionais depois da saída da Star India dos resultados. O Disney+ Hotstar não entra mais nas comparações ano a ano.
A companhia fala abertamente sobre o efeito dos pacotes, dos reajustes e do comportamento do público. Para explicar parte do aumento, o relatório apontou fatores como mudanças de preço, expansão de assinaturas e a reorganização global dos serviços.
“A base de assinantes cresce por causa de novos planos, mais assinantes e ajustes no mix de ofertas. A ausência da Star India altera comparações diretas com o ano anterior, mas mostra números mais limpos para avaliar o desempenho dos serviços.”
O relatório destaca que o Disney+ global cresce apesar de mudanças internas e decisões regionais. O Hulu, limitado aos Estados Unidos, segue como peça importante do negócio, com aumento claro no SVOD.
Já fora do mercado norte-americano, o conteúdo que antes formava o Star se mistura ao Disney+, que segue como plataforma principal para o Brasil.