A Walt Disney Company se encontra envolvida em mais uma batalha legal, desta vez contra um dos gigantes da tecnologia no mundo: o Google. Embora a Disney seja famosa como uma grande conglomerado de mídia, abrangendo marcas icônicas como Marvel Studios, Pixar Animation Studio, Lucasfilm e National Geographic, o Google ocupa uma posição proeminente na indústria de tecnologia, rivalizando com gigantes como Apple Inc., Amazon, Microsoft e Meta/Facebook.
Essa disputa jurídica gira em torno do Google Play, a loja de aplicativos online operada pelo Google. O problema para o Google surgiu na Índia, um dos maiores mercados consumidores do mundo, onde o seu modelo de pagamento enfrentou investigação devido às suas altas “taxas de serviço” impostas às empresas desenvolvedoras de aplicativos, chegando até a 30%.
No entanto, uma diretiva antitruste na Índia rejeitou essa política, exigindo que o Google permitisse sistemas de pagamento de terceiros, impedindo assim que o gigante da tecnologia obrigasse os desenvolvedores de aplicativos a usarem exclusivamente o seu sistema e cobrasse taxas elevadas.
Disney vs Google
Nessa saga em andamento, a Disney conquistou uma vitória significativa contra o Google Play. O conflito surgiu quando a Disney alegou em tribunal que o Google Play ameaçou remover o seu aplicativo de streaming Disney+ Hotstar, a menos que ele se adequasse ao sistema de pagamento do Google.
O tribunal indiano decidiu a favor da Disney, proibindo o Google Play de remover o Disney+ Hotstar e fixando uma taxa de serviço de apenas 4%, significativamente mais baixa do que o Google havia buscado. Apesar dessa decisão, o Google e sua empresa controladora, a Alphabet Inc., ainda não emitiram um comunicado público sobre o assunto.
É altamente provável que o Google tente apelar da decisão do tribunal, considerando o papel crucial da Índia como uma enorme base de consumidores para as empresas globais. A líder em buscas na Internet já enfrentou uma multa de US$ 113 milhões na Índia por práticas monopolísticas, e apelar dessa última decisão pode evitar perdas substanciais de receita resultantes da significativa redução nas taxas de serviço, passando de 30% para 4%.
Via Reuters