
A Disney divulgou hoje os resultados do segundo trimestre fiscal de 2025, que corresponde aos meses janeiro, fevereiro e março, com novas informações sobre o desempenho do Disney+, Hulu e ESPN+. Os dados se referem ao período encerrado em 29 de março.
O Disney+ somou 1,4 milhão de novos assinantes no mundo desde o trimestre anterior, totalizando 126 milhões de usuários ativos. Já o Hulu, que existe apenas nos Estados Unidos, cresceu em 1,3 milhão de contas ativas. Juntos, os dois serviços registraram um aumento de 2,5 milhões de assinantes em três meses.
Apesar desse crescimento, a empresa já sinalizou que o avanço no próximo trimestre deve ser mais contido.
Receita também cresceu
Além do número de assinantes, a Disney destacou o desempenho financeiro do setor de streaming. A receita operacional da divisão Direct-to-Consumer subiu de US$ 289 milhões para US$ 336 milhões no trimestre.
Vale lembrar que esta foi a primeira divulgação trimestral sem incluir os dados do Disney+ Hotstar na Índia. Desde que a Star India foi integrada à Reliance, o serviço foi rebatizado como JioHotstar e deixou de ser contabilizado nos relatórios da Disney. Isso explica por que o número global de assinantes parece menor em comparação com anos anteriores.
O CEO da Disney, Bob Iger, comentou o desempenho:
“Nosso ótimo resultado neste trimestre — com um aumento de 20% no lucro ajustado por ação em relação ao ano anterior, reforça o sucesso que estamos tendo ao executar nossas prioridades estratégicas”, afirmou.
“Depois de um primeiro semestre forte, temos muito pela frente, incluindo lançamentos nos cinemas, a nova plataforma direta ao consumidor da ESPN e uma série de expansões nos nossos parques e experiências.”
Panorama regional e comparação com trimestre anterior
Abaixo, a tabela com os números de assinantes (em milhões) registrados no fim de março de 2025 e os números apresentados no relatório anterior, divulgado em fevereiro:
Período | EUA e Canadá | Internacional | Global | Hulu (EUA) |
---|---|---|---|---|
Trimestre atual | 57,8 | 68,2 | 126 | 50,3 |
Trimestre anterior | 56,8 | 67,8 | 124,6 | 49,0 |
Os dados mostram crescimento nos mercados regionais e no Hulu, com o total global do Disney+ permanecendo estável, em parte devido à saída do Hotstar da contagem oficial.
A diferença nos números mostra um leve crescimento nas principais frentes, com estabilidade no total global de Disney+. Parte disso pode estar ligada à exclusão dos dados do Hotstar.
A empresa ainda deve divulgar detalhes sobre como pretende avançar nessa área. Há expectativas de fusão dos serviços de streaming nos EUA, além da possibilidade de expansão para novos mercados e promoções que atraiam novos públicos.
Como a Disney mede o sucesso de suas plataformas de streaming

Quando se fala em desempenho do Disney+ e de outros serviços da empresa, como Hulu e ESPN+, o número de assinantes é só uma parte da história. Embora esse dado tenha grande visibilidade, a Disney leva em conta vários outros fatores para avaliar se suas plataformas estão indo bem, ou não.
Um dos principais indicadores é a receita operacional da divisão Direct-to-Consumer (DTC), que mostra o quanto as plataformas estão gerando de lucro (ou prejuízo) mesmo diante de altos investimentos em conteúdo e tecnologia. No segundo trimestre fiscal de 2025, por exemplo, a DTC aumentou sua receita operacional de US$ 289 milhões para US$ 336 milhões, o que indica uma melhora na eficiência do negócio.
Outro dado relevante é o ARPU (Average Revenue Per User), ou seja, a média de receita por usuário. Esse número varia bastante entre regiões, nos Estados Unidos e Canadá, onde há mais assinantes em planos sem publicidade, o ARPU tende a ser mais alto. Já em mercados internacionais, onde há promoções ou preços reduzidos, esse valor pode ser menor, mas com potencial de crescimento.
A retenção de assinantes também entra na conta. A Disney acompanha quantos usuários continuam renovando seus planos mês a mês, o que é um sinal importante de engajamento com o conteúdo e satisfação com a plataforma.
Além disso, a empresa monitora o tempo de consumo (quantas horas as pessoas passam assistindo), o desempenho de conteúdos originais e licenciados, e a resposta do público nas redes sociais e plataformas de avaliação. Esses dados ajudam a entender o que está funcionando, e o que precisa ser ajustado.
Com a possível fusão total nos EUA entre Disney+, Hulu e ESPN+ em uma experiência unificada, a forma de medir esses resultados pode se tornar ainda mais integrada, conectando consumo de conteúdo, hábitos dos usuários e retorno financeiro em um mesmo ecossistema.