A Disney encerrou seu ano fiscal de 2024 com 158,6 milhões de assinantes no Disney+, um aumento de 4,8 milhões em relação ao trimestre anterior e um resultado acima das expectativas.
Nos resultados do quarto trimestre fiscal, o segmento de streaming da Disney se destacou ao registrar um lucro operacional de US$ 321 milhões, em comparação com uma perda de US$ 387 milhões no mesmo período do ano anterior. Isso marca o segundo trimestre consecutivo com lucros, após o primeiro resultado positivo da divisão direto ao consumidor no trimestre anterior, com US$ 47 milhões em lucro.
O desempenho da Disney nas bilheterias também impulsionou os resultados, com sucessos como Divertida Mente 2 e Deadpool & Wolverine, que contribuíram para US$ 316 milhões de receita operacional no segmento de vendas e licenciamento de conteúdo.
No geral, a divisão de entretenimento da Disney (que inclui redes de TV, streaming e vendas/licenciamento de conteúdo) teve um crescimento de 14% na receita anual, atingindo US$ 10,8 bilhões. Já o segmento de esportes (principalmente ESPN e ESPN+) manteve-se estável em US$ 3,9 bilhões. A receita da área de experiências, que inclui parques temáticos, jogos de videogame e produtos de consumo, cresceu modestamente, com um aumento de 1%, totalizando US$ 8,2 bilhões.
Enquanto isso, a receita de redes de TV tradicionais caiu 6%, impulsionada pela redução de receita com afiliados e vendas de anúncios, especialmente fora dos EUA, onde a queda foi de 12%. Já o streaming teve um aumento de 15% na receita, alcançando $5,8 bilhões, e as vendas de anúncios no streaming cresceram 14% no período.
Os assinantes do Disney+ nos EUA e Canadá aumentaram 2%, chegando a 56 milhões, e os assinantes internacionais (excluindo o Disney+ Hotstar) subiram 5%, alcançando 66,7 milhões. O Disney+ Hotstar também teve um crescimento modesto de 1%, alcançando 35,9 milhões de assinantes. Já o Hulu, que opera apenas nos EUA, alcançou a marca de 52 milhões de assinantes.
Principais Números de Assinantes:
- Disney+ Global: de 153,8 milhões para 158,6 milhões
- Disney+ Doméstico (EUA e Canadá): de 54,8 milhões para 56 milhões
- Disney+ Internacional (excluindo Hotstar): de 63,5 milhões para 66,7 milhões
- Disney+ Core (excluindo Hotstar): de 118,3 milhões para 122,7 milhões
- Disney+ Hotstar: de 35,5 milhões para 35,9 milhões
- ESPN+ (EUA): de 24,9 milhões para 25,6 milhões
- Hulu (EUA): de 51,1 milhões para 52 milhões
Receita total e previsão para os próximos anos
A Disney reportou uma receita consolidada de US$ 22,6 bilhões para o quarto trimestre, um aumento de 6% em comparação ao ano anterior, com um lucro líquido de US$ 460 milhões. Isso resultou em um ganho ajustado por ação de US$ 1,14, superando a previsão de Wall Street, que esperava US$ 1,10 por ação em uma receita de US$ 22,48 bilhões.
Na divulgação dos resultados, a Disney deu uma perspectiva financeira para os próximos anos, expressando confiança no crescimento a longo prazo. A empresa, no entanto, alertou para uma “queda modesta” nos assinantes do Disney+ Core no próximo trimestre, refletindo o impacto do aumento de preço em outubro de 2024.
O CEO Bob Iger comentou: “Este foi um ano decisivo e de sucesso para a Walt Disney Company. Após um período de grandes desafios e mudanças, saímos mais fortes e bem posicionados para o crescimento, otimistas sobre nosso futuro.”
Ele ainda destacou os principais marcos do trimestre: “Tivemos um dos melhores trimestres na história do nosso estúdio de filmes, melhoramos a rentabilidade no streaming, quebramos recordes no Emmy com 60 prêmios, mostramos a força dos esportes ao vivo e revelamos novos projetos impressionantes para nosso segmento de Experiências.”
Essas estratégias, segundo Iger, ajudam a Disney a se diferenciar dos concorrentes tradicionais, aproveitando um portfólio vasto e diversificado de ativos de entretenimento para gerar retornos atrativos e avançar ainda mais em seus objetivos estratégicos.
Adaptação às mudanças do mercado
Embora os números estejam fortes, a Disney também está atenta ao comportamento dos assinantes, especialmente em tempos de maior rotatividade, quando muitos usuários alternam entre serviços de streaming de acordo com os lançamentos de conteúdo.
Para lidar com isso, a empresa tem apostado em diferentes modelos de assinatura, como planos mais acessíveis com anúncios, pacotes com outros serviços e acordos que estendem o alcance da marca Disney para novos públicos. Além disso, a Disney segue priorizando lançamentos semanais de novos episódios para manter o público engajado e evitar o “efeito maratona”, incentivando assinantes a permanecerem conectados por mais tempo.
Planos para o Disney+ e Hulu nos EUA
Com a possibilidade de uma futura fusão entre Disney+ e Hulu nos EUA, semelhante ao que vimos com o Star+ na América Latina, a empresa vislumbra um produto mais robusto e abrangente, que pode oferecer uma experiência de streaming mais completa e fidelizar ainda mais os usuários.
A Disney também já está considerando implementar novas funcionalidades, como a opção de “pausar” a assinatura, permitindo que os assinantes retomem o serviço em um momento mais conveniente. Esse tipo de flexibilidade pode ser uma vantagem em um mercado tão competitivo, em que muitos usuários estão cada vez mais conscientes sobre o controle de suas despesas.
Para Iger, a Disney está “bem posicionada para o crescimento a longo prazo” e confiante de que as mudanças recentes, como o aumento dos preços e o reforço nas políticas contra o compartilhamento de senhas, vão fortalecer a base de assinantes e a receita da empresa.
Enquanto isso, a Disney olha para 2025 e além com uma perspectiva otimista, pronta para aproveitar cada oportunidade e enfrentar os desafios que surgirem, tudo para manter sua posição de destaque na indústria do entretenimento global.
Para os assinantes, as opções de conteúdo seguem aumentando, e o compromisso da Disney com produções de alta qualidade parece mais forte do que nunca. Agora, resta acompanhar os próximos passos e ver como a gigante do entretenimento continuará influenciando o futuro do streaming e da indústria de entretenimento.