A participação em filmes de diretores renomados pode ser um marco na carreira de qualquer ator ou atriz, mas até que ponto vale o desgaste emocional e psicológico no processo?
Para Amy Adams, essa questão se tornou evidente durante as gravações de Trapaça (2013), onde enfrentou um ambiente de trabalho difícil sob o comando de David O. Russell.
Bastidores turbulentos de Trapaça
No filme, Amy Adams interpreta Sydney Prosser, uma ex-stripper que se une ao golpista Irving Rosenfeld, vivido por Christian Bale.
A atriz entregou uma atuação intensa, mas os bastidores não foram nada fáceis.
Em entrevista à GQ, Adams revelou que o comportamento do diretor tornou a experiência exaustiva.
“Ele foi duro comigo, com certeza. Foi pesado. Eu ficava arrasada no set. Não todos os dias, mas na maioria deles.”
David O. Russell é conhecido por provocar reações intensas de seus atores para extrair performances marcantes, mas Amy Adams deixou claro que essa abordagem não combina com ela.
“Minha vida real é mais importante para mim do que o cinema.”
A tensão nos bastidores foi tão grande que Christian Bale, seu colega de elenco, chegou a intervir e defender a atriz durante as filmagens.
Diferença salarial entre atores e atrizes
Os problemas em Trapaça não se limitaram ao ambiente no set. O filme também esteve no centro de uma polêmica sobre desigualdade salarial em Hollywood.
E-mails vazados da Sony revelaram que Jennifer Lawrence e Amy Adams receberam um percentual menor dos lucros do filme em comparação com seus colegas de elenco masculinos.
Enquanto Christian Bale, Bradley Cooper e Jeremy Renner tinham direito a 9% dos lucros, Lawrence e Adams receberam apenas 5%.
A discrepância só foi corrigida após uma forte pressão, e o estúdio revisou os contratos das atrizes, aumentando sua participação para 7%.
No Brasil, o filme Trapaça só está disponível por compra e aluguel digital em plataformas como Claro Video, Apple TV e Amazon.