Diretor de ‘Conclave’ quer Fernanda Torres em seu próximo filme

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O diretor Edward Berger trabalhou com grandes nomes do cinema em Conclave, filme estrelado por Ralph Fiennes sobre a eleição de um novo papa. Entretanto, durante sua passagem pelo tapete vermelho do BAFTA, ele revelou qual atriz premiada está em sua lista de desejos para futuras colaborações.

“Vi Fernanda Torres, que foi indicada pelo filme de Walter Salles, Ainda Estou Aqui. Se algum dia eu puder trabalhar com ela, seria incrível”, afirmou Berger em entrevista ao The Independent.

Fernanda conquistou o prêmio de Melhor Atriz no Globo de Ouro, superando concorrentes como Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet.

Agora, com sua primeira indicação ao Oscar, a atriz brasileira ganha ainda mais destaque no cenário mundial.

Em Ainda Estou Aqui, ela interpreta Eunice Paiva, uma mãe que passa décadas buscando justiça pelo desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar no Brasil.

O filme, dirigido por Walter Salles, foi uma das surpresas do Oscar ao ser indicado a Melhor Filme e elevando o cinema brasileiro no cenário internacional.

A repercussão do filme no Brasil e no exterior

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Em entrevista ao Variety Awards Circuit Podcast, Torres falou sobre a trajetória do filme, desde sua estreia no Festival de Veneza até a indicação ao Oscar.

“Quando começamos em Veneza, era apenas um filme brasileiro. Não sabíamos o que iria acontecer. Então veio esse caminho longo que nos trouxe até o Oscar. E quando fui indicada, pensei: ‘Fiz o que deveria fazer'”, contou.

A atriz também destacou o impacto do filme para o público brasileiro. “Diferentes gerações foram assistir e se sentiram tocadas e orgulhosas. Este filme é algo muito especial para o Brasil”, disse Torres, reforçando que a história da ditadura não aconteceu de forma isolada, mas dentro do contexto da Guerra Fria.

“Os Estados Unidos patrocinaram a ditadura no Brasil. Foi um período distópico. Mas essa não é apenas uma história sobre o passado, é também um reflexo do presente”.

Um sonho inusitado em Hollywood: ser vilã de James Bond

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A indicação ao Oscar de Torres gerou um sentimento de orgulho nacional, especialmente por conta de sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi a primeira atriz brasileira indicada à premiação por Central do Brasil em 1999, também dirigido por Walter Salles.

“É o país no tapete vermelho”, comentou Torres. “E como minha mãe já passou por isso antes, isso ampliou ainda mais esse sentimento”.

Torres relembrou a época da campanha de sua mãe pelo Oscar e contou um momento marcante.

“Ela estava no programa do David Letterman, e eu fiquei nervosa porque o inglês não era sua primeira língua. Mas então ela fez uma piada—ele perguntou se ela morava em Ipanema, e ela respondeu: ‘Sim, sou a velha senhora de Ipanema’. E eu pensei: ‘Ela é incrível'”.

Ao ser perguntada sobre um papel dos sonhos, Torres revelou uma resposta bem específica.

“Eu adoraria ser a secretária de uma vilã de James Bond. Só para dizer: ‘Ele está esperando por você na sala ao lado, Sr. Bond’. Isso é tudo que eu quero fazer”, brincou.

Com sua atuação em Ainda Estou Aqui, Torres já conquistou a atenção de Hollywood. Mas, se depender de Edward Berger, pode ser que em breve ela também esteja à frente de um novo projeto internacional.

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