Em 21 de dezembro de 1937, Branca de Neve e os Sete Anões estreava nos cinemas, marcando o início de uma longa trajetória da Disney nas animações. Agora, quase nove décadas depois, a história volta em formato live-action.
O novo filme tem direção de Marc Webb e roteiro de Erin Cressida Wilson. Rachel Zegler vive a princesa Branca de Neve, Gal Gadot interpreta a Rainha Má, e Andrew Burnap assume o papel de Jonathan, um jovem que quer romper com as regras do reino.
“Branca de Neve é uma figura icônica, e repensar essa história foi algo que me empolgou,” contou Webb em entrevista publicada pela própria Disney. “Fiquei pensando na minha filha e nas mensagens que eu gostaria de passar a ela. Queria que ela se orgulhasse do trabalho do pai, e esse projeto foi uma maneira de fazer isso.”
Segundo ele, o foco na bondade da protagonista foi essencial. “Ela é gentil, mas também corajosa. Consegue enxergar o melhor nas pessoas. Isso tem valor.”
O que muda e o que permanece
A nova versão acompanha a princesa sendo perseguida pela madrasta, que descobre por meio de seu espelho mágico que não é mais a mais bela do reino. Branca de Neve foge e acaba encontrando abrigo na floresta, com a ajuda de animais que a conduzem até uma cabana onde vivem sete anões.
Nesse novo cenário, ela faz amizade com Dengoso, Mestre, Dunga, Zangado, Feliz, Soneca e Atchim. Jonathan também entra em cena, encantado pela generosidade da princesa. Com apoio dos novos aliados, ela ganha força para enfrentar sua madrasta.
Antes de iniciar as filmagens em Londres, em 2021, Marc Webb fez uma visita aos Arquivos da Disney, buscando ideias para enriquecer a produção. De lá, trouxe referências que ajudaram a repensar elementos do filme original, incluindo a cena descartada da masmorra que já comentamos antes.
“Um dos meus achados preferidos foi um esboço antigo do príncipe em uma masmorra,” revelou. “A história dele no filme de 1937 é bem limitada, mas esse desenho foi o ponto de partida para o Jonathan, nosso interesse amoroso. Parecia que estávamos puxando um fio do passado e expandindo aquilo.”
Figurinos e trilha com toques do passado
A figurinista Sandy Powell, premiada três vezes com o Oscar, também mergulhou nos arquivos para compor os figurinos da nova produção. Ela analisou os croquis originais e estudou os períodos históricos que inspiraram os visuais dos personagens, a fim de traduzir isso para o live-action.
Jeff Morrow, responsável pela trilha sonora, também explorou elementos do original. Em visita ao estúdio, ele e Webb chegaram a tocar os mesmos instrumentos usados na gravação de “Silly Song”, interpretada pelos anões. Esses sons foram gravados e incluídos nas novas versões de “Silly Song” e “Whistle While You Work”.
“Foi divertido gravar o novo número de yodel dos anões,” disse Webb. “Fizemos isso em Burbank, e foi um dia daqueles que a gente não esquece.”
A trilha do filme conta com músicas originais compostas por Benj Pasek e Justin Paul. O lançamento busca manter elementos clássicos ao mesmo tempo em que apresenta novidades para o público atual.
