De Disney a Netflix, as empresas de entretenimento estão enfrentando um desafio considerável ao tentar se adaptar aos interesses da Geração Z, uma vez que esta faixa etária demonstra preferências distintas em relação ao consumo de conteúdo de mídia. Investimentos bilionários estão sendo direcionados para replicar o modelo tradicional de televisão nos serviços de streaming, porém, pesquisas recentes indicam que essas plataformas podem não estar alinhadas com os desejos de seus futuros consumidores.
Preferências de consumo da Geração Z
Um estudo realizado pela Deloitte revela que a Geração Z demonstra uma preferência significativa por vídeos em redes sociais e transmissões ao vivo. Os dados, coletados com 3.517 consumidores online, mostram que 47% dos membros da Geração Z optam por este tipo de conteúdo, uma taxa aproximadamente duas vezes maior do que a preferência por séries de TV (24%) e quatro vezes maior em relação aos filmes (11%).
Essa inclinação também é bastante acentuada quando comparada com a geração dos millennials, dos quais 33% preferem conteúdo de redes sociais e streaming ao vivo.
Os dados mostram que, quando a Geração Z recorre a serviços de streaming, é mais provável que escolham assistir algo recomendado por criadores de conteúdo nas redes sociais, ao invés de seguir as sugestões algorítmicas das plataformas.
Este comportamento sugere um futuro mais promissor para plataformas como o YouTube, em contraste com Disney+, Netflix e outros serviços de streaming.
A relação dos mais jovens com a publicidade
O estudo da Deloitte também traz insights sobre a eficácia da publicidade junto à Geração Z. Enquanto os grandes serviços de streaming estão cada vez mais recorrendo à publicidade para cobrir os altos custos de produção, a pesquisa indica que os anúncios em redes sociais são três vezes mais propensos a influenciar a Geração Z (59%) em comparação com aqueles veiculados em plataformas de streaming (18%).
Além disso, o levantamento aponta para um desafio maior: pessoas de diversas faixas etárias estão começando a questionar o valor dos serviços de streaming, onde os preços das assinaturas têm aumentado e muitos expressam dificuldades em encontrar conteúdos de seu interesse.
Dessa forma, parece claro que os serviços de streaming terão que intensificar seus esforços no sentido de desenvolver estratégias sólidas nas redes sociais para atrair a atenção da Geração Z.
Iniciativas que envolvam figuras conhecidas da internet já estão sendo consideradas por empresas como a Amazon, sinalizando a busca por abordagens mais personalizadas ou focadas em criadores de conteúdo.
Fonte: Deloitte