O episódio 4 de Paradise, intitulado “Agente Billy Pace’, trouxe grandes reviravoltas, incluindo a morte de um personagem importante.
O criador da série, Dan Fogelman, comentou com o THR sobre essas decisões, o elenco e até mesmo uma mentira que contou à Disney para garantir uma das atrizes.
AVISO: Spoilers de Paradise a seguir!
O que aconteceu no episódio 4?
Nos primeiros episódios, o agente do Serviço Secreto Xavier Collins (Sterling K. Brown) lida com o assassinato do presidente Cal Bradford (James Marsden), enquanto Sinatra (Julianne Nicholson) mantém a ordem no mega bunker subterrâneo que protege 25 mil pessoas do colapso ambiental do mundo lá fora.
Mas a trama ganha um novo rumo quando a terapeuta Gabriela Torabi (Sarah Shahi) revela que o presidente deixou um aviso antes de morrer: Billy Pace (Jon Beavers), parceiro de Xavier, não é confiável.
No episódio 4, Xavier começa a questionar todos ao seu redor. Billy tenta explicar que apenas seguiu ordens de Sinatra, e o público vê flashbacks do passado traumático do personagem.
Mas antes que ele possa esclarecer tudo, sua namorada Jane (Nicole Brydon Bloom) o envenena e faz parecer um suicídio.
Por que Billy foi eliminado da série?
Fogelman contou que não planejava matar Billy no início, mas percebeu que isso teria um impacto maior na história.
“Quando escrevi o piloto, não sabia exatamente como a trama iria se desenrolar. Mas logo percebi que a coisa mais inesperada seria eliminá-lo de um jeito surpreendente”, explicou.
O criador da série também revelou que ficou encantado com a atuação de Jon Beavers desde a audição e que queria dar o papel a ele, mesmo sabendo que seria uma participação curta.
“Ele fez um teste incrível. Já tínhamos o roteiro do quarto episódio, então pedi que ele lesse uma cena intensa. Ele aprendeu tudo em minutos e entregou uma performance impressionante”, relembrou Fogelman.
A escolha de Julianne Nicholson como Sinatra e a mentira para a Disney
A personagem Sinatra precisava ser forte, mas sem cair no clichê da vilã caricata. Fogelman revelou que sempre quis Julianne Nicholson para o papel, mas a agenda da atriz parecia um obstáculo.
Para garantir a participação dela, ele chegou a adiar o início das filmagens e inventar uma história para a Disney.
“Eu realmente menti para as pessoas no estúdio e disse: ‘Não estamos prontos para fazer a série. Precisamos de mais tempo na preparação’, o que custou muito dinheiro para estender a preparação… Eu fiz parecer cerca de 12 coisas diferentes, mas isso nos permitiu atrasar o início das filmagens e permitiu que Julianne ficasse livre. Agora, obviamente, todos estão muito felizes por termos feito isso.”
James Marsden era a primeira opção para presidente?
Fogelman contou que escolher um ator para interpretar o presidente foi um desafio.
O personagem precisava ser carismático, convincente e, ao mesmo tempo, ter um peso dramático.
“Marsden estava no topo da minha lista desde o começo. Até cheguei a abordá-lo num jantar, mas minha esposa me impediu de estragar a refeição dele”, brincou.
A pesquisa sobre o colapso ambiental na série
Embora Paradise tenha uma trama fictícia, a equipe fez uma extensa pesquisa sobre desastres ambientais e colapsos sociais.
“Conversamos com arquitetos que projetam cidades futuristas, sociólogos e especialistas em mudanças climáticas”, revelou Fogelman.
Um dos roteiristas, Stephen Markley, escreveu um extenso estudo sobre como uma sociedade subterrânea de 25 mil pessoas funcionaria.
O criador da série também mencionou que se inspirou em crises reais, como o 11 de setembro e a Crise dos Mísseis de Cuba, para construir a tensão da história.
O que esperar dos próximos episódios?
Fogelman deu pistas de que ainda há muitas surpresas reservadas.
“Se eu fosse o público, ficaria preocupado com Jane. Ela já matou o próprio namorado”, alertou.
Paradise está disponível no Disney+, com novos episódios lançados às terças-feiras.