
No episódio “Brilho, Não Queimo” de Outlander: Blood of My Blood, Julia vive um momento decisivo ao identificar a caligrafia de Henry de imediato. Essa descoberta parece simples, mas tem um peso enorme para a trama, já que muda completamente a visão que ela tinha sobre o paradeiro do marido. Até então, Julia acreditava que Henry permanecia em seu tempo original com Claire, mas agora entende que ele também atravessou as pedras e está no passado, assim como ela.
Essa revelação também a coloca diante de novas perguntas. Por que Henry está preso à família Grant? Quanto tempo ele passou tentando encontrá-la? E, principalmente, como ela pode fazer contato com ele agora que sabe a verdade?
Desde o segundo episódio da série, o público descobriu que a história de Julia e Henry foi construída a partir de cartas. Henry havia escrito uma mensagem sem destino certo, que acabou chegando às mãos de Julia. Movida por curiosidade, ela respondeu, dando início a uma troca constante de correspondências que se transformou no alicerce do relacionamento entre os dois.
Esse início fez com que Julia tivesse contato constante com a caligrafia de Henry. Cada carta era uma chance de analisá-la, reconhecer traços, perceber mudanças sutis que poderiam indicar o estado de espírito dele em diferentes momentos.
Por isso, não causa estranhamento que, ao ver papéis sobre a mesa de Simon, Julia soubesse de imediato que aquelas letras pertenciam a Henry, mesmo assinando como Henry Grant.

O detalhe é simbólico: o mesmo elemento que uniu o casal no início volta a ser a chave para Julia descobrir a verdade sobre a presença dele no passado. Mas esse reencontro através da escrita também carrega uma melancolia, já que Henry agora acredita 100% que ela e o filho morreram, depois que Arch Bug pagou uma parteira para inventar uma história macabra e assim dar fim às esperanças de Henry.
O peso da revelação para Julia
Ao se dar conta de que Henry esteve ali por todo esse tempo, Julia agora se vê dividida entre a alegria de saber que ele a procurou e a tristeza de perceber que ele vive enganado pelos Grant. Henry foi convencido de que perdeu sua família, o que o manteve em serviço para a poderosa família sem esperança de reencontro.
Para Julia, essa informação é valiosa, mas difícil de usar. Ela não pode simplesmente pegar papel e tinta e enviar uma carta diretamente. Estar sob vigilância de Simon a impede de agir livremente, e qualquer passo em falso pode colocar não só ela, mas também o filho, em perigo.
Por isso, sua única alternativa é ser estratégica. Precisa conquistar a confiança de Simon antes de ter permissão para escrever. Caso consiga, terá a chance de redigir uma mensagem que Henry reconhecerá de imediato como sendo dela. Devemos lembrar que naquela época nem todos sabiam ler e escrever, e até Brian já se surpreendeu com o fato da mãe de Claire ter essa habilidade.
Possíveis aliados: Brian e Davina

Embora escrever diretamente seja arriscado, Julia tem outras opções. Brian e Davina podem servir como intermediários.
Brian, no entanto, enfrenta seu próprio dilema. Ele carrega dúvidas e conflitos ligados à sua família, especialmente depois das revelações sobre Ellen MacKenzie. Além disso, agir contra o pai poderia trazer consequências graves para Davina, alguém que ele deseja proteger. Isso reduz a probabilidade de que Brian se arrisque nesse momento.
Davina, por outro lado, pode ser a chave para Julia. A série já estabeleceu que os criados são pouco notados, o que abre espaço para que ela se movimente sem chamar atenção. Isso permitiria que Davina entrasse em contato com os servos da família Grant e encontrasse um caminho para levar uma mensagem até Henry no Castelo Leathers.
Essa solução aproveita o contexto da própria trama, onde a aparente invisibilidade dos criados se transforma em vantagem estratégica.
Outro ponto importante é a relação entre Simon e Isaac Grant. A proximidade entre eles cria um motivo plausível para que Henry tenha de ir até o Castelo Leathers, sem levantar suspeitas.
Os Grant jamais imaginariam que Julia também está nesse mesmo ambiente, o que pode favorecer um reencontro indireto.
No entanto, o risco é grande. Qualquer passo em falso pode expor Julia antes da hora e comprometer suas chances de retomar contato com Henry em segurança.
O que esperar daqui para frente
Com apenas três episódios restantes na temporada, o reconhecimento da caligrafia de Henry abre novas possibilidades para o rumo de Julia em Outlander: Blood of My Blood.
Agora que sabe a verdade, ela precisa encontrar meios de transformar esse conhecimento em ação, ainda que as circunstâncias não sejam favoráveis.
A escrita, que uniu o casal no início e foi o símbolo de sua conexão, volta a ser peça central na trama. Se Julia conseguir enviar uma carta a Henry, o simples traço das letras será suficiente para reacender a esperança nele e, talvez, colocá-los no mesmo caminho novamente. Se e quando isso acontecer, será que eles conseguirão voltar para o futuro ou algo impedirá uma nova passagem pelas pedras de Craigh na Dun?
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