O live-action de Branca de Neve, produzido pela Disney, é uma das estreias mais aguardadas de 2025. Com lançamento marcado para 20 de março no Brasil, o filme traz Rachel Zegler como a icônica princesa e Gal Gadot no papel da Rainha Má.
No entanto, além das expectativas do público, uma questão financeira paira sobre a produção: quanto o filme precisa arrecadar nas bilheterias para cobrir seus custos e ser considerado um sucesso?
Neste artigo, exploramos os números por trás do orçamento, as projeções de bilheteria e os desafios que a Disney enfrenta com essa releitura moderna do clássico de 1937. Prepare-se para entender o que está em jogo!
O orçamento milionário de Branca de Neve
A produção de um live-action da Disney não é barata, e Branca de Neve não foge à regra. Estima-se que o orçamento do filme esteja na casa dos US$ 209 milhões, conforme apontado por fontes como a Forbes e outros relatórios da indústria.
Contudo, esse valor pode ser ainda maior devido a refilmagens, adiamentos e o uso extensivo de CGI (imagens geradas por computador) para criar os sete anões e outros elementos visuais.
Some a isso os custos de marketing, que geralmente equivalem a 50% ou mais do orçamento de produção em grandes lançamentos, e o total necessário para “se pagar” dispara.
Para fins de cálculo, uma regra comum em Hollywood é que um filme precisa arrecadar cerca de 2,5 vezes o seu orçamento de produção para cobrir despesas e começar a gerar lucro. Isso inclui os custos de produção, marketing e a porcentagem das bilheterias que fica com os cinemas (geralmente 50%). Assim, com um orçamento base de US$ 209 milhões, Branca de Neve precisaria arrecadar aproximadamente US$ 522,5 milhões em bilheteria global para alcançar o ponto de equilíbrio. Mas será que esse número é realista? Vamos analisar.
Fatores que influenciam a bilheteria
1. O apelo nostálgico do clássico
Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem animado da Disney, lançado em 1937, e é um marco na história do cinema.
A nostalgia pode atrair famílias e fãs do original, especialmente com a promessa de músicas clássicas repaginadas e novas composições de Benj Pasek e Justin Paul, dupla conhecida por sucessos como La La Land. Esse apelo emocional é um trunfo poderoso para impulsionar as vendas de ingressos.
2. Elenco estelar
Rachel Zegler, que ganhou destaque em Amor, Sublime Amor, e Gal Gadot, aclamada como Mulher-Maravilha, são nomes que chamam atenção.
A combinação de uma protagonista jovem e carismática com uma vilã consagrada pode ampliar o alcance do filme, atraindo diferentes faixas etárias e públicos internacionais.
3. Concorrência e tendências de mercado
O mês de março geralmente é menos concorrido que os períodos de verão ou fim de ano, mas Branca de Neve enfrentará desafios.
A mudança no comportamento do público pós-pandemia, com preferência por experiências cinematográficas grandiosas ou streaming, pode impactar os números. Além disso, outros grandes lançamentos previstos para 2025, como Mickey 17 e Um Filme Minecraft, podem dividir a atenção dos espectadores.
4. Polêmicas e recepção inicial
O filme não escapou de controvérsias. A escalação de Zegler, de ascendência latina, gerou debates sobre fidelidade ao conto original, enquanto suas declarações polêmicas, a modernização da trama e o uso de CGI para os anões dividiram opiniões.
Para entender o potencial de Branca de Neve, vale olhar o desempenho de outros remakes da Disney:
O Rei Leão (2019): orçamento de US$ 260 milhões, arrecadação de US$ 1,65 bilhão.
A Bela e a Fera (2017): orçamento de US$ 160 milhões, arrecadação de US$ 1,26 bilhão.
A Pequena Sereia (2023): orçamento de US$ 250 milhões, arrecadação de US$ 569 milhões.
Enquanto O Rei Leão e A Bela e a Fera foram sucessos estrondosos, A Pequena Sereia mal ultrapassou o ponto de equilíbrio, mostrando que o desempenho dos live-actions é imprevisível.
Branca de Neve precisará mirar algo entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão para se alinhar aos maiores hits da Disney, mas as projeções iniciais são mais modestas.
Projeções de estreia
Segundo estimativas recentes, como as do site Pinkvilla, Branca de Neve pode estrear com até US$ 85 milhões nos Estados Unidos.
Se seguir o padrão de multiplicadores de bilheteria (geralmente 2,5 a 3 vezes o valor de estreia), o total doméstico ficaria entre US$ 212,5 milhões e US$ 255 milhões.
Para alcançar os US$ 522,5 milhões necessários, o mercado internacional será crucial, especialmente em regiões como Ásia e Europa, onde os contos de fadas têm forte apelo.
Analistas, no entanto, estão cautelosos. O Deadline já sugeriu que o filme pode ser um “fracasso de bilheteria” devido aos custos elevados e à recepção morna até agora.
A Disney, ciente disso, ajustou sua campanha de marketing, apostando na nostalgia e destacando a grandiosidade visual no último trailer lançado em dezembro de 2024.
O que significa “se pagar” para a Disney?
Além de cobrir os custos, a Disney espera que Branca de Neve reforce sua estratégia de live-actions, que vem enfrentando críticas e retornos inconsistentes. Um fracasso comercial poderia frear planos para futuros remakes, enquanto um sucesso abriria portas para sequências ou spin-offs.
Além disso, o desempenho do filme impactará a confiança dos investidores na liderança criativa do estúdio, que já enfrentou desafios com projetos recentes.
Branca de Neve vai conseguir dar lucro?
Com um orçamento estimado de US$ 209 milhões (e possivelmente mais), Branca de Neve precisa arrecadar pelo menos US$ 522,5 milhões para se pagar, mas o ideal seria ultrapassar os US$ 600 milhões para ser visto como um sucesso sólido.
O filme tem potencial, graças ao elenco, à nostalgia e à marca Disney, mas enfrenta obstáculos como polêmicas, concorrência e um mercado em transformação. A pouco menos de um mês da estreia (hoje é 28 de fevereiro de 2025), o destino nas bilheterias ainda é incerto.
Você acha que Branca de Neve vai brilhar ou ficará apenas como um conto de fadas esquecido? Deixe sua opinião nos comentários!
