Bob Iger explica como a Disney decide entre lançar um remake, continuação ou criar algo do zero

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Durante a teleconferência com investidores desta quarta-feira (6), Bob Iger explicou que a Disney não está priorizando remakes, sequências ou conteúdos originais. Mesmo com várias continuações no calendário, como Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, Predador: Terras Selvagens, Tron: Ares, Zootopia 2 e Avatar: Fogo e Cinzas, a empresa quer simplesmente lançar filmes que funcionem com o público.

“Continuamos focados na criação de novas propriedades”, afirmou Iger. “Claro que isso tem muito valor para a empresa a longo prazo. Mas também sabemos que nossas franquias mais antigas continuam populares. Então, fazer continuações ou transformar animações em live-action, como será o caso de Moana em 2026, é uma boa oportunidade para a Disney. Nosso foco é lançar bons filmes que realmente cheguem ao público.”

Segundo Iger, a Disney também está investindo em produções originais por meio dos selos 20th Century Studios e Searchlight Pictures.

Ele citou o exemplo da Marvel, que mesmo usando personagens antigos, consegue apresentar essas histórias como se fossem novas para boa parte do público.

“Quanto mais conseguimos encontrar e desenvolver novas ideias, melhor”, disse. “Mesmo o Quarteto Fantástico, que já teve outros filmes, pode ser visto como algo novo, já que estamos apresentando esses personagens para muita gente pela primeira vez.”

Quarteto-Fantastico-Marvel Bob Iger explica como a Disney decide entre lançar um remake, continuação ou criar algo do zero

O filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos abriu bem nas bilheterias, com US$ 125 milhões, mas teve uma queda de 66% no segundo fim de semana.

Apesar disso, Iger disse que o longa foi um bom recomeço para essa franquia dentro do universo Marvel.

Outros lançamentos com previsão de alto desempenho citados por ele foram Zootopia 2 e Avatar: Fogo e Cinzas. Também mencionou o sucesso de bilheteria do live-action de Lilo & Stitch, que ultrapassou US$ 1 bilhão no mundo.

Unificação dos streamings

Iger também comentou sobre os planos de reunir o conteúdo do Hulu e do Disney+ em um só aplicativo a partir de 2026 nos Estados Unidos. A mudança vai unificar os catálogos, incluindo filmes da Searchlight e da 20th Century, que atualmente estão no Hulu. Nos demais países, incluindo o Brasil, a mudança será mais sutil, apenas com a troca do selo Star pela marca Hulu.

“Ao juntar tudo em uma plataforma só, esperamos aumentar o engajamento”, disse Iger, negando que isso vá exigir grandes aumentos nos investimentos em conteúdo.

“Do ponto de vista dos EUA, não deve haver um aumento significativo nos gastos. Onde acreditamos que vale a pena investir mais é no mercado internacional. Vamos adotar a marca Hulu no lugar de Star em várias regiões, além de usar avanços tecnológicos para melhorar o desempenho em mercados onde o engajamento ainda está baixo.”

Ele também disse que os investimentos serão feitos de forma seletiva em alguns países, onde há mais chance de crescimento em número de assinantes e em receitas com publicidade.

A próxima estreia nos cinemas pela Disney é Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, que tem previsão de arrecadação entre US$ 27 milhões e US$ 30 milhões na abertura.

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