O remake live-action de Branca de Neve, com Rachel Zegler e Gal Gadot, chegou aos cinemas e muita gente quer saber como ele se compara ao clássico animado de 1937. Esse filme, dirigido por Marc Webb, reimagina a história da princesa e sua luta contra a Rainha Má, mas com algumas alterações que chamam a atenção.
Desde o início, a produção ganhou destaque por suas mudanças, e aqui estão cinco das mais evidentes em relação ao original.
Se você já assistiu ou está curioso para ver o filme, vale a pena conferir como ele se distancia da versão animada. Essas mudanças refletem a abordagem moderna do diretor e do estúdio, trazendo novos elementos para a história que todos conhecem.
1 – Poucas canções clássicas
Branca de Neve (2025) é um musical, então não é surpresa que ele traga novas canções para a trama. Os compositores Benj Pasek e Justin Paul, conhecidos por La La Land, criaram músicas originais que dão espaço para Rachel Zegler mostrar sua voz.
Até Gal Gadot, como a Rainha Má, tem uma canção chamativa, “All is Fair”, que adiciona um toque especial ao personagem dela. Apesar das novidades, Marc Webb manteve apenas 3 clássicos do filme animado, como “Heigh-Ho” e “Whistle While You Work”, que aparecem nas cenas com os sete anões.
No entanto, uma música importante do original ficou de fora: “Someday My Prince Will Come”, que Branca de Neve canta na animação. Em seu lugar, entrou “Waiting on a Wish”, uma canção que reflete a nova direção do filme. Essa troca é um dos pontos mais visíveis para quem conhece o clássico de 1937.
2 – Nada de príncipe na história
Uma mudança grande em Branca de Neve (2025) é a ausência do príncipe, aquele que dá o beijo do amor verdadeiro na versão animada. Em vez disso, a trama apresenta Jonathan, um bandido interpretado por Andrew Burnap, como o interesse amoroso de Branca de Neve.
Esse personagem novo divide uma música com Rachel Zegler e, claro, é ele quem dá o famoso beijo que desperta a princesa. Essa decisão não pegou muita gente de surpresa, já que o filme vinha sendo discutido por causa das mudanças na trama.
Em 2022, Rachel Zegler falou sobre isso em uma entrevista ao Extra TV. “O desenho animado de 1937 é muito evidente nisso. Havia um grande foco na história de amor dela com um cara que literalmente a persegue,” ela disse. “Estranho! Estranho! Então, não fizemos isso desta vez.” A saída do príncipe reflete uma nova abordagem, focando mais na jornada pessoal de Branca de Neve.
3 – O beijo não fecha o filme
No clássico animado de Branca de Neve e os Sete Anões, o príncipe usa o beijo para quebrar o feitiço da maçã envenenada, e Branca de Neve vai embora com ele para o castelo, depois de se despedir dos anões.
Em Branca de Neve (2025), o beijo acontece, mas a história não termina aí. Depois de acordar, Branca de Neve reúne os sete anões, Jonathan e seus comparsas bandidos para liderar uma revolta contra a Rainha Má. Essa mudança estende a trama, mostrando Branca de Neve assumindo um papel mais ativo no confronto final.
Essa alteração mantém o clima de aventura do filme, com Branca de Neve no centro da ação, ao lado dos anões e dos bandidos. É uma forma de dar mais destaque à jornada dela, diferente do final mais romântico e tradicional do original de 1937.
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4 – Dunga ganha voz
No filme animado de Branca de Neve e os Sete Anões, Dunga é um personagem que não fala e se comunica apenas por gestos e expressões. Em Branca de Neve (2025), ele começa da mesma forma, mas, com o apoio de Branca de Neve, acaba encontrando coragem para falar.
A voz de Dunga é dublada por Andrew Barth Feldman no original em inglês e por João Vitor Mafra na versão brasileira. Além disso, Dunga usa sua voz de uma maneira inesperada ao longo do filme, mas essa parte fica como surpresa para quem assistir.
Essa mudança adiciona um toque diferente à interação entre Branca de Neve e os anões, mostrando um crescimento no personagem que não estava presente na animação. É uma das surpresas que o remake traz para os fãs do clássico.
5 – Sete Anões digitais
Uma das mudanças mais comentadas de Branca de Neve (2025) é a forma como os sete anões – Feliz, Sonolento, Atchim, Soneca, Zangado, Dunga e Mestre – foram apresentados.
No original de 1937, eles são desenhados à mão, com um estilo clássico de animação. No remake, os anões são criados em CGI, ou seja, como personagens digitais, o que gerou reações entre o público e os críticos.
Essa decisão veio após críticas de Peter Dinklage, que tem nanismo e falou sobre o filme em 2022. “Sem ofender ninguém, fiquei surpreso quando soube que estavam orgulhosos de escalar uma atriz latina como Branca de Neve – mas ainda estão contando a história de Branca de Neve e os Sete Anões,” ele disse.
“Pare e veja o que estão fazendo. Não faz sentido para mim. Vocês são progressistas de um lado, mas continuam com essa história retrógrada de sete anões vivendo em uma caverna juntos, o que diabos estão fazendo, cara?”
Depois disso, a Disney decidiu usar CGI para os anões, mas alguns críticos, como William Bibbiani no The Wrap, apontaram que o resultado não agradou.
“Branca de Neve foge para a floresta e encontra a casa de sete pesadelos mágicos com cabeças em CGI que parecem cascas de laranja secas com muita base,” escreveu Bibbiani. “Seus rostos são caricaturas direto de um estande de desenho em uma praia, exagerados de um jeito que desafia a natureza quando vistos em 3D.”
Branca de Neve já está em exibição nos cinemas do Brasil, permitindo que o público confira essas mudanças de perto. Seja pelas novas músicas, pela ausência do príncipe ou pelas escolhas visuais, o filme traz uma versão renovada da história clássica, com detalhes que podem surpreender quem já conhece o original de 1937.